Amadeu Cruz foi questionado pelos jornalistas sobre a posição dos sindicatos dos professores, Sindprof e Sindep, que se manifestaram “insatisfeitos” com a proposta do Governo em fazer actualização da nova grelha salarial só em Janeiro de 2025, sabendo que o estatuto sai no mês de Junho.
O ministro, que falava à imprensa, à margem da abertura da reunião com o Grupo de Parceiros Locais da Educação (GPLE), que decorre hoje na cidade da Praia, sublinhou que os sindicatos devem ter em conta as condições que o país tem neste momento.
"Nós sempre tivemos com a bandeira da paz bem erguida e procuramos dialogar sempre com os sindicatos respeitando as suas posições, sendo que o programa do Governo já tinha definido como um dos objetivos a revisão do Estatuto da Carreira do Docente e a actualização da tabela remuneratória”, apontou.
Adiantou que em diálogo com os sindicatos ficou acordado que todos os salários seriam actualizados, com o índice 100 da tabela remuneratória da classe docente, para as carreiras dos professores com licenciatura em 91 mil escudos e para os professores sem licenciatura em 55 mil escudos como salário base.
Segundo Amadeu Cruz, neste momento esta é a possibilidade do país e está alinhada com as expectativas e as suas possibilidades.
“Esta é a decisão do Governo e é uma decisão que beneficia os professores, que beneficia a estabilidade do sistema educativo cabo-verdiano”, precisou.
Na ocasião disse que o Sindprof, sindicatos e outros sujeitos e agentes educativos têm toda a legitimidade para terem as suas posições, mas o país dá aquilo que pode e que os contribuintes podem pagar.
Na quarta-feira, 14, através de um comunicado publicado na sua página na rede social Facebook, o Ministério da Educação anunciou que o índice 100 da tabela remuneratória da classe docente para as carreiras dos professores com licenciatura fica fixado, a partir da entrada em vigor do novo Plano de Cargos, Funções e Remuneração (PCFR), em 91 mil escudos.
O documento refere ainda que esta medida vai beneficiar também os professores sem licenciatura que recebiam 24.021 escudos com um salário mensal de 55 mil escudos.