Numa nota enviada à Rádio Morabeza, no Dubai, no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, COP28, Gilberto Silva justifica o posicionamento do arquipélago com a capacidade de muitos países, especialmente os mais vulneráveis, de produzir e ter acesso a alimentos face ao aumento da fome, da desnutrição e das tensões económicas.
“[Cabo Verde] reconhece o profundo potencial da agricultura e dos sistemas alimentares para impulsionar respostas positivas e inovadoras para mudanças climáticas. Reconhece que a agricultura e os sistemas alimentares são fundamentais para a vida e a subsistência de milhares de milhões de pessoas, incluindo pequenos agricultores, agricultores familiares, pescadores e outros produtores e trabalhadores do sector alimentar”, lê-se.
Para o governante, qualquer caminho para alcançar plenamente os objectivos de longo prazo do Acordo de Paris deve incluir a agricultura e os sistemas alimentares. Também entende que a agricultura e os sistemas alimentares devem urgentemente adaptar-se e transformar-se para responder aos imperativos das mudanças climáticas.
“Assim, Cabo Verde, de acordo com as suas próprias circunstâncias nacionais, comprometeu-se em acelerar e reforçar a integração da agricultura e dos sistemas alimentares na acção climática e, simultaneamente, a integrar a acção climática nas agendas políticas e acções relacionadas com a agricultura e os sistemas alimentares”, afirma.
Os sistemas alimentares estão, pela primeira vez, no centro do debate climático. Isto graças à adopção, por 134 países, da declaração dos Emirados Árabes Unidos sobre Agricultura Sustentável, Sistemas Alimentares Resilientes e Acção Climática. O documento foi rubricado esta sexta-feira, na COP28, que decorre no Dubai.
A Rádio Morabeza está no Dubai a convite da CFI - agence française de développement médias.