Abraão Vicente, que, aquando de uma visita à infra-estrutura em Dezembro de 2023, indicou o primeiro semestre de 2024 como data de inauguração do terminal, voltou a prolongar o prazo para 2025.
“Nós temos uma previsão aqui, cumprindo todos os trâmites, para em Agosto a obra ser entregue. Mas nós não acreditamos que isso vai acontecer devido às dificuldades de engenharia, de trabalho e de logística internacional com que nos estamos a deparar”, sublinhou o governante.
Segundo o ministro, os atrasos devem-se a “complexidade do trabalho”, e apontou como exemplos um navio que estava afundado no local e do qual “não tinham referências” e o contexto internacional da guerra da Palestina com o Israel, que, asseverou, tem “congestionado alguns canais” para envio de materiais para São Vicente.
Por outro lado, explicou, fez-se a introdução de um projecto de “quase três milhões de euros” que tem a ver com a `short port supply´, que permitirá a descarbonização do terminal de cruzeiros.
Uma alteração, que, assegurou Abraão Vicente, foi feita após o início do processo, mas, que irá dar ao porto “uma posição de vanguarda” em relação aos outros terminais de cruzeiros no mundo.
O ministro afiançou que o novo projecto já conta com o financiamento do Banco Europeu de Investimentos (BEI) e ainda parte do financiamento garantido pela própria empresa gestora dos Portos (Enapor).
Por isso, disse acreditar que, apesar da demora, o Terminal de Cruzeiros do Mindelo já está a ter impacto na vinda de mais navios a Mindelo, que este ano vai ter mais de 200 escalas, um número superior a 120 mil passageiros.
“O impacto deste terminal no Mindelo vai ser absolutamente extraordinário. E é fundamental que todos os serviços da ilha se preparem para aquilo que irá ser uma autêntica revolução na ilha”, sustentou Abraão Vicente.
A construção do terminal é executada pelo consórcio luso-cabo-verdiano constituído pelas empresas Mota-Engil – Engenharia e Construção, SA e Empreitel Figueiredo, SA sendo o projecto co-financiado pelo Governo de Cabo Verde, Fundo ORIO dos Países Baixos e pelo Fundo OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para o Desenvolvimento Internacional.