Na sua intervenção, através de um vídeo, Abraão Vicente disse que Cabo Verde, como pequeno Estado insular, será dos Estados mais afectados pelas imprevisíveis consequências que as mudanças climáticas trazem aos sistemas sociais e aos desafios do financiamento da nossa economia.
“A nossa presença, através deste vídeo, é um sinal claro que Cabo Verde acredita na cooperação e no intercâmbio de tecnologia, e faz parte de todos os fóruns internacionais, onde as mudanças climáticas são desafiadas a serem debatidas de uma forma séria e responsável”, indica.
O governante frisou que sem desenvolvimento económico e sem a exploração sustentável dos recursos naturais não há futuro para a humanidade. “A nossa presença vem mais uma vez, em nome dos pequenos Estados insulares para reclamar um maior acesso, e um acesso concepcional ao financiamento para acção climática.
“Reclamar e exigir uma melhor e maior atenção aos pequenos Estados Insulares que serão os primeiros a serem afectados pelas brutais alterações climáticas. Um acesso preferencial ao financiamento concessional, através do fundo climático e uma assunção clara por parte dos países que são os mais poluidores do planeta da sua responsabilidade social e comunitário, para com os países como é o caso de Cabo Verde , que pouco contribui para a poluição atmosférica e oceânica”, sustenta o governante.
Conforme disse, a sobrepesca nas águas internacionais tem infringido aos pequenos Estados insulares uma factura pesada, para a sua gestão.
“Um país pequeno como Cabo Verde, os recursos pesqueiros têm estado a ser cada vez mais escassos, colocando em causa a sobrevivência das pequenas populações costeiras e desenvolvimento turístico do país e desenvolvimento industrial ligado à transformação do pescado”, alerta.
Para Abraão Vicente, no centro da acção climática deve estar a preservação de ecossistemas oceânicos “e é nesta perspectiva que Cabo Verde mais uma vez endereça, em meu nome como Ministro do Mar e da Economia Marítima expressa o seu forte engajamento, na agenda internacional para o implemento do ODS 14, mas para o cumprimento de todos os objectivos sustentável do Millenium, com vista a tornar o futuro possivel”.
“O grande foco é tornar o futuro possível, fazer com que todos os Estado Insulares e costeiros possam, de facto, ter as condições para um combate sério, responsável e engajado nesta causa que é de todos, que é salvar o planeta”, indica.