Abraão Vicente deu esta garantia à imprensa, a propósito do seu encontro com a Associação dos Armadores de Pescas (APESC) e pessoas ligadas ao sector das pescas na sala de conferência da Câmara de Comércio do Barlavento (CCB).
“Ao contrário daquilo que se pensa, nós não podemos andar a criar, a inventar e a abrir portas novas. Nós queremos consolidar as linhas. Temos ainda em funcionamento a linha de retoma pós covid-19, em que nós financiamos cerca de 20 por cento (%) daquilo que é a compra e a reparação de novas embarcações, motores etc. Vamos relançar agora o edital ligado à fibragem dos botes, reforçar as linhas de financiamento através de microcrédito, vamos em alguns casos financiar directamente as associações para que se abrem novas lojas de apoio ao sector”, assegurou.
Segundo o ministro, neste momento, há uma crise a nível de disponibilidade da mão-de-obra no mercado, também a nível de tripulação dos navios e de disponibilidade de matéria-prima para a transformação.
Além disso, ajuntou, houve vários aumentos de combustíveis, de muitos materiais e da própria logística de produção, pelo que “é fundamental ouvir os armadores para perceber como é que o Governo pode criar linhas de apoio ou fomento ao sector”.
Em 2024, acrescentou, o seu ministério também vai continuar com uma “política muito forte” junto das câmaras municipais, de capacitação, de empoderamento e de construção de novas infraestruturas de pesca municipal.
“Vamos em Fevereiro entregar as duas casas do pescador de São Nicolau, praça do pescador, o cais de pesca já está pronto, que de certa forma é o que tem as melhores condições em Cabo Verde, e era para ser entregue em Fevereiro, mas, infelizmente, o primeiro-ministro não estará presente, devido a sua agenda. Mas temos um conjunto de obras e iniciativas que contamos partilhar com os operadores e armadores e receber, com toda a abertura, aquelas que são as recomendações para o próximo ano”, projectou.