Jorge Santos falava à Inforpress, a partir de Dublin, na Irlanda, à margem de uma visita a aquele país, tendo na agenda a questão de políticas públicas para a diáspora.
Assegurando que estão a decorrer investigações por parte dos ministérios públicos de Cabo Verde e de Portugal, sobre esse tipo de crime, Jorge Santos classificou estas agências de agendamento de vistos como “redes ilícitas e criminosas” e apelou a que os utentes a não alimentarem esses serviços, porque, como referiu, se não houver pagamento, “com certeza que não haverá esse açambarcamento”.
O governante foi questionado sobre as dificuldades que têm surgido em relação aos pedidos de visto para Portugal e afirmou que tem havido “acção ilícita e criminosa” de pessoas que aproveitam para “hackear” o sistema e vender agendamentos.
Uma prática que diz ser “extremamente negativa” para o país
As “autoridades portuguesas estão a fazer um grande esforço para combater esta acção indevida, (...) já fizeram alterações, já aumentaram o número de funcionários, estão a corrigir cada vez mais as possibilidades de falhas ou de pontos fracos que existiam para poderem combater essa utilização indevida, principalmente nos agendamentos, que é um problema que existe e que é condenável”, assegurou o governante.
Para Jorge Santos, essas empresas “fantoches e criminosas” criam dificuldades que atrapalham o processo legal de agendamento, um serviço que diz ser gratuito e que não pode ser pago.
O governante aproveitou para reforçar a cooperação e a mobilidade laboral existente entre os dois países, que a seu ver tem estado a decorrer normalmente, com o aumento do número de trabalhadores cabo-verdianos em Portugal.