Segundo comunicado da PGR, no rescaldo das eleições, alguns candidatos fizeram acusações contra os seus adversários, alegando práticas criminosas.
Em São Vicente, o candidato da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) acusou uma candidatura adversária de envolvimento em crimes de tráfico de drogas de alto risco e associação criminosa para o tráfico de droga. O candidato também imputou a prática de corrupção activa e passiva de eleitor.
A mesma fonte refere que nos Mosteiros, o candidato do Movimento para a Democracia (MpD) alegou que a candidatura adversária do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) cometeu o crime de corrupção activa e passiva de eleitor.
“Nos termos do art.º 59.º do CPP, o Ministério Público adquire notícia do crime, por conhecimento próprio, por intermédio das entidades policiais competentes ou mediante denúncia. Nos termos do art.º 301.º n.º 2 do CPP, a notícia de um crime, ressalvadas as exceções previstas no CPP, dará sempre lugar à abertura de instrução”, escreveu a PGR.
No Facebook, entretanto, o candidato do MpD, Carlos Vasconcelos, apelou à calma enquanto se aguarda a decisão final sobre as eleições em São Lourenço dos Órgãos.
Conforme escreveu, a Comissão de Apuramento aceitou uma reclamação apresentada pela candidatura do MpD.
“Numas eleições em que se ganha por apenas um voto de diferença, é mister que a candidatura ‘derrotada’ peça a recontagem e apuramento dos votos para, justamente, aferir todo o processo e dele erigir a verdade e a transparência eleitoral”, escreveu Carlos Vasconcelos.
O candidato criticou ainda o PAICV por estar a celebrar uma vitória que considera "prematura e irreflectida".
“Sabe o PAICV que ainda não houve nenhum pronunciamento material das autoridades competentes. Essa celebração cria uma percepção errada junto dos lourentinos e das lourentinas”, reforçou.
O candidato do MpD disse estar a aguardar o desfecho do processo, desejando que seja “célere, transparente, rigoroso e independente”.