​PAICV culpa Governo pela falta de água em Santiago Sul

PorDulcina Mendes,10 jan 2025 14:21

O PAICV disse hoje que a falta de água em Santiago Sul põe a nu a incapacidade do Governo do MPD, em gerir esta situação que se tornou “alarmante” e fustiga diariamente a população. A deputada Paula Moeda fez esta afirmação numa conferência de empresa sobre a falta de água na região de Santiago Sul.

Segundo disse, a falta de água na cidade da Praia e em São Domingos tem vindo a assumir contornos graves a ponto de pôr em causa vidas e a dignidade das pessoas e tem tomado um rumo que ameaça gravemente “toda a extensão da relação humana”.

“Estamos a viver mais uma das muitas crises em Cabo Verde, esta é a verdadeira crise da água, não menos importante que nenhuma outra. Trata-se de um bem essencial, sendo a água a fonte da vida”, frisa.

Conforme disse, o PAICV deixou em 2016 uma capacidade de produção de 40 mil metros cúbicos de água por dia na Electra, empresa produtora de água, o que permitiu alargar o abastecimento para São Domingos e Órgãos. “De há anos para cá, com a desgovernação do MpD, a situação teve um retrocesso total, a tal ponto que a capacidade de produção, que era de 40 mil metros cúbicos de água por dia, passou para 12 mil a 14 mil metros cúbicos”.

“Hoje, nós temos uma redução drástica, à volta de quatro vezes menos, lastimável e incompreensível. Só com uma má governação, um mau planeamento e um mau acompanhamento e controlo que nós entramos nesta incapacidade total de descontrolo que levaram a uma deterioração dos serviços, quer na produção, abastecimento, manutenção, dívidas, falta de reinvestimentos, de continuidade a investimentos que já tinham sido feitos”, aponta.

Paula Moeda alerta que a falta de água mostra a desgovernação do Governo do MpD. “O Governo é, individualmente, o maior accionista da ADS e depois é que vem o conjunto das Câmaras de Santiago”.

“É preciso dar esse alerta e fazer um apelo ao Governo para resolver estas grandes deficiências na gestão da água que estamos a assistir, de ano para ano, de mês para mês e de dia após dia. Uma degradação dos serviços de água, uma penúria no abastecimento e na qualidade da água. Uma lástima”, assegura.

Para o PAICV a falta de água em Santiago Sul, reflecte numa total incapacidade do Governo em garantir esta necessidade básica “leva-nos a pedir, no mínimo, águas nas torneiras das casas e água com qualidade, água nas empresas, água nos serviços públicos, principalmente nos hospitais, nos centros de saúde, nas escolas, nos centros educativos, nos jardins de infância e nas creches, entre muitos outros locais públicos, privados e domésticos”.

“Água é um direito, nós só temos tido promessas e mais promessas, de uma normalização que o Governo chama de normalização faseada, quer dizer, pouco a pouco, mas nem este pouco está a chegar, e essa normalização ainda não chegou”, realça Paula Moeda.

Na mesma linha, a deputada apela à normalização do abastecimento de água e da produção e abastecimento na região de Santiago Sul e em Santiago e a mais respeito pela população da Praia e São Domingos.

“A melhor qualidade de água para garantir a nossa saúde, a real distribuição em todas as torneiras das casas, empresas e serviços públicos e privados, mais investimentos no sector, melhor manutenção das redes e condutas, mais diálogo e encontro de contas entre a Electra e a ADS, assunto que o Governo deve arbitrar e resolver e chamar a si”, apela.

Para o PAICV, nada pode justificar este estado de degradação e ineficiência. “Já chega, não conseguimos aguentar mais, há falta de tudo neste sector, de planeamento, de decisão, de medidas concretas que mudem a situação para melhor, cumprimento de um serviço com qualidade que nós estamos à espera e desejamos”, concluiu. 

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Autoria:Dulcina Mendes,10 jan 2025 14:21

Editado porAndre Amaral  em  22 jan 2025 11:20

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