A posição foi expressa por Luís Filipe Tavares, que chegou sábado a Luanda numa visita de três dias a Angola, para o reforço da cooperação bilateral.
"Nós queremos ajudar também Angola nas suas pretensões enquanto potência africana forte, que tem missões legítimas, desde logo nas questões que têm a ver com as reformas das Nações Unidas, nomeadamente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Há vários pretendentes africanos para as Nações Unidas, para membro permanente, em representação da União Africana, e Cabo Verde diz isso com toda a responsabilidade, com toda a humildade, o nosso candidato é Angola", disse o ministro na abertura das conversações entre as duas delegações.
Luís Filipe Tavares reafirmou que Cabo Verde tudo fará no quadro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), da União Africana (UA), para que, caso Angola decida apresentar uma candidatura, "ter em Cabo Verde um aliado, um país amigo para o ajudar a conseguir este feito que será histórico".
O chefe da diplomacia cabo-verdiana salientou ainda a presença da Angola como membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas "seria um grande ganho para Cabo Verde, para Angola, para África" e sobretudo daria uma nova projecção internacional a um país "tão importante para o continente" como é Angola.
O governante, que foi ontem recebido em audiência pelo Presidente angolano, João Lourenço, também encontrou-se com o ministro da Defesa, Salviano Sequeira. Luís Filipe Tavares tem ainda encontros com o ministro da Administração do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida, e o governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho.