O SINDPROF, com o SINDEP e SIPROFIS, reuniram-se na manhã desta quinta-feira com o ministro da Educação, a ministra da Modernização Administrativa do Estado e o ministro das Finanças.
"Saímos do encontro com uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Até agora não houve consenso", escreveu o SIINDPROF na sua página do Facebook, mostrando-se descontente com a abordagem dos governantes.
O SINDPROF acusa os governantes de tentar impor a ideia de que qualquer actualização salarial só pode ocorrer mediante a revisão do Estatuto da Carreira dos Professores, o que, refere, não é aplicado a outras classes profissionais.
"A classe docente não aceita essa situação, porque estamos a falar de uma classe digna que não precisa de estar a mendigar", enfatizou a presidente do SINDPROF, Lígia Herbert.
Caso não haja consenso nas próximas negociações, o SINDPROF anunciou a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado.
"Dois dias de greves, seguido de greve por tempo indeterminado. Neste caso, o professor é chamado a participar de corpo e alma na greve munido da sua maior arma que é o seu cérebro", apela o sindicato.
De referir que o SINDPROF, com o SINDEP e SIPROFIS entregou, no 7 de Novembro, à Direcção Geral do Trabalho e ao Ministério da Educação o pré-aviso de greve dos professores que deverá acontecer nos dias 22 e 23 deste mês.
A grelha salarial e o memorando de entendimento são algumas das reivindicações da classe.
Na sequência, o Ministério da Educação reiterou hoje total abertura para o diálogo institucional com todos os sindicatos dos professores, tendo em vista a construção de entendimentos e convergências em prol do desenvolvimento progressivo e sustentável das carreiras dos professores.