Sindprof considera que propostas do PCFR e do novo estatuto do pessoal docente continuam a não servir a classe

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,20 jun 2024 17:02

A presidente do Sindprof avançou hoje que a proposta do Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) e do novo estatuto do pessoal docente continuam a não servir a classe, reforçando que há muita coisa a ser revista.

Lígia Herbert fez estas considerações em declarações à imprensa após encontros realizados com os professores no Liceu Amílcar Cabral, em Assomada, para socializar as propostas com os docentes, realçando que têm quinze dias para dar um parecer ao Ministério da Educação.

Neste sentido, explicou que o parecer não deve ser dado pelo sindicato, mas sim pelos profissionais do sindicato, neste caso os professores, e para que estes possam posicionar-se da melhor forma é necessária uma socialização e esclarecimento dos diversos pontos dos documentos.

Com estas propostas em mãos, a presidente do Sindicato Democrático de Professores (Sindprof) considerou que continuam a não servir a classe, pois há muita coisa para ser revista, nomeadamente, o desenvolvimento da carreira, a questão das promoções que tinha sido falado de cinco em cinco anos e agora já se fala em cinco a dez anos, dez a quinze e por aí fora.

Esta sindicalista considerou ainda que o estatuto veio como “um atentado às organizações sindicais”, pois retiram os direitos já adquiridos pela classe docente, mas que não vão aceitar.

“Já tentam amordaçar os professores através dos processos disciplinares porque lutaram por uma melhoria salarial, uma melhoria na carreira”, disse Lígia Herbert, garantindo que o sindicato está a fazer “braços de ferro” na inspecção em relação aos processos disciplinares a mais de 200 professores, questionando qual a base legal para esses processos.

Quanto ao estatuto, salientou que vai ser dado sim o parecer, mas que vão apresentar todos os ‘senãos’ e tanto o Ministério da Educação como o Ministério da Administração Pública têm de analisar bem esse documento e o PCFR dos docentes.

Caso o ministério não aceitar os ‘senãos’ da classe, a sindicalista deixou claro que vão continuar na luta, realçando que os professores não podem estar com medo, devendo cada um enfrentar os seus problemas, neste caso, os problemas laborais.

Esta luta está a ser travada a nível nacional e, além dos pontos destacados, o que se começa “errado” nas propostas apresentadas são os verbos, considerando que são “cascas de bananas atiradas aos professores, mas que não vão deixar passar”.

“A discussão tem de ser feita para todos os professores, pois todos têm progressões e promoções”, finalizou

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,20 jun 2024 17:02

Editado porAndre Amaral  em  22 nov 2024 23:26

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