Este pedido foi feito no final de uma audiência com o Presidente da República, José Maria Neves, que visa auscultar as organizações da classe dos professores, no quadro do processo de promulgação da proposta do Plano de Carreiras, Funções e Remunerações (PCFR) do pessoal docente.
“Pedimos a protelação, exactamente para que o Presidente da República peça ao Governo que a gente volte à mesa de negociações, porque é com diálogo que a gente vai chegar lá”, avançou a sindicalista que se mostrou aberta ao diálogo.
Segundo disse há a necessidade de mais diálogo uma vez que, justificou, a proposta não vai ao encontro daquilo que a classe quer.
“A classe já se posicionou e o Governo está-se a mostrar irredutível, fechado a mais negociações. É preciso negociar mais, é preciso ver a questão salarial, é preciso justiça salarial, que nós não vamos abrir mão disso, de maneira nenhuma”, disse.
Lígia Herbert adiantou que o Presidente da República mostrou-se totalmente aberto para ler o parecer que deram, tendo advertido que já tinham entregue também à tutela mas que infelizmente não receberam resposta nenhuma.
Por isso afirmou que não sabem exactamente qual é o diploma final que chegou à Presidência da República.
“E por isso nós solicitamos que esse diploma chegue também às nossas mãos, para podermos ver o que é que o Governo colocou verdadeiramente, o que o Governo não nos disse, o que é que absorveu das nossas propostas”, disse.
A presidente do Sindprof mostrou que a classe docente já não tem medo assegurando que se as respostas não vierem de forma que agrade a classe, claramente que o ano lectivo estará em risco.
Sobre o processo disciplinar levantado aos cerca de 700 professores, no âmbito do não lançamento de notas no sistema, afirmou que o mesmo não tem pernas para andar e que estão serenamente à espera do veredicto final para encaminhar este processo ao tribunal, por danos morais à classe docente.