Esta intenção foi manifestada à imprensa, hoje, quando os três sindicatos nacionais dos professores, nomeadamente o Sindicato Nacional dos Professores (Sindep), Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) e o Sindicato dos Professores de Santiago (Siprofis) se preparavam para mais uma manifestação de âmbito nacional.
Jorge Cardoso, do Sindep, indica que os professores protestam, sobretudo, contra o envio ao parlamento da proposta do decreto lei que aprova o PCFR para a classe docente.
“Nós acreditamos que também o parlamento, na pessoa de deputados que são representantes do povo, deve defender uma classe que tem mais de 8 mil pessoas, do que defender 20 e tal pessoas que são membros do Governo”, defende.
Por seu lado, o dirigente do Siprofis, António Barros, assegura que "todos os sindicatos estão unidos na luta em prol da classe docente no país, no intuito de fazer o Governo cumprir com os compromissos assumidos ".
Já o dirigente do Sindprof, Silvestre Andrade, lamenta que o Dia Internacional do Professor," seja marcado por protestos para demonstrar que os professores estão numa fase crítica, devido a vários problemas básicos e pendentes por resolver".
Além de lutas permanentes, sindicatos nacionais dos professores dizem estar unidos para formalizar uma queixa contra o Governo de Cabo Verde junto de organizações internacionais.
De recordar que o Presidente da República, José Maria Neves, vetou no dia 04 de Setembro o decreto-lei do Governo que aprova o PCFR do pessoal docente e afastou a possibilidade de reconsiderar a sua posição em relação ao diploma.
Em resposta, o Governo anunciou a reconfiguração do Decreto-Lei que regulamenta o PCFR do Pessoal Docente, transformando-o numa Proposta de Lei a ser submetida à Assembleia Nacional.