Irlando Ferreira, em declarações à Rádio Morabeza, após a cerimónia de entrega do Prémio Kakoi 2019, que aconteceu na tarde de quarta-feira, em frente às instalações do CNAD, na Praça Nova, diz que não houve “abertura” para a entrega do galardão no palco principal, na Rua de Lisboa.
“O prémio não foi apresentado no palco de rua de Lisboa porque não tivemos abertura da Câmara Municipal para que a entrega fosse feita no palco principal. Deve ter algum motivo relacionado com a organização deles, mas desconhecemos”, afirma.
O debate sobre a valorização e promoção do Carnaval espontâneo tem estado na ordem do dia. O responsável do CNAD reforça a ideia e defende a necessidade de uma maior consciencialização dos decisores sobre a importância do carnaval não oficial, enquanto movimento popular.
“Temos que ir consciencializando as pessoas, sobretudo os decisores, sobre a importância, tanto do Carnaval oficial, como do espontâneo e de todos os outros carnavais que fazem parte deste movimento, nesta altura. É importante continuarmos a fazer este Carnaval, para se criar uma consciência para, por exemplo, a questão de entrega dos prémios acontecer no mesmo palco e assim mostrar que cada um destes estilos tem o seu lugar”, realça.
“Dance Doll Contra a VBG”, “Meio Avião Tachéché”, “Rolls Royce” e “Papa de Midj k Let” são os grupos vencedores da edição 2019 do Prémio Kakoi. Na disputa individual, “Sacrifício de Vida” ficou na primeira posição, seguido de “Blimundo” e “Catxupada”.
Os vencedores foram conhecidos ao final da tarde, minutos após a entrega de prémios do desfile oficial.
O galardão do Carnaval espontâneo, na 4ª edição, é financiado pelo ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do CNAD, e tem como objectivo estimular e homenagear a espontaneidade do Carnaval.