Homero Fonseca fez essa afirmação no âmbito da Assembleia Ordinária da Sociedade Cabo-verdiana de Música, que está a decorrer na Cidade da Praia, no formato híbrido, com participação online através da plataforma Zoom.
“Este ano estamos a atingir uma idade bonita, 10 anos de existência e de muito trabalho, e o que posso dizer é que estamos a comemorar 10 anos de sucesso”, assegura.
Segundo disse, esta sociedade teve de ser criada para colmatar uma inexistência anterior na sociedade cabo-verdiana, que era a inexistência de uma sociedade de gestão colectiva de direitos de autor em Cabo Verde.
“Hoje podemos dizer que 10 anos depois de facto temos uma sociedade que funciona e que cumpre o papel para que foi criado, que é no essencial a defesa dos direitos de autor e dos músicos cabo-verdianos, da recolha, da cobrança e distribuição dos direitos de autor dos músicos cabo-verdianos”, garante.
Face a esses 10 anos de existência da SCM, Homero Fonseca lembrou que houve muito avanço, nomeadamente fazem parte de várias instituições a nível internacional, mudanças estruturantes no sector da cobrança e da distribuição de direitos de autor. “Temos parceiros que hoje em dia pagam direitos de autor, estão sensibilizados para o pagamento de direitos de autor”.
Neste sentido, o presidente da Assembleia Geral da SCM apelou aos parceiros que utilizam a música nos seus trabalhos que paguem a música produzida pelos autores e compositores.
Na mesma linha, a presidente da SCM, Solange Cesarovna disse que regozijam de um dia ter sonhado em colectivamente trazer uma entidade gestão colectiva para Cabo Verde, que pudesse não adiar mais o sonho legítimo dos autores e dos compositores de serem, por um lado defendidos e por outro lado justamente remunerado pela utilização da sua propriedade intelectual.
“Mas volvido 10 anos, o sentimento é que hoje Cabo Verde consegue contar com uma entidade de gestão colectiva profissional que consegue cumprir, não obstante todos os desafios e os caminhos a desbravar, para a consolidação do sector e consegue cumprir os três princípios mundial da regra da gestão colectiva”, revela.
Solange Cesarovna avançou que durante a Assembleia Ordinária vão analisar qual será o programa central de comemoração dos 10 anos da SCM, que será partilhado brevemente com todos.