Este edifício histórico construído em 1820 para proteger Boa Vista do roubo e ataques de piratas e corsários, devido à sua importância na exportação de sal, pastel, algodão, gado, cal e cerâmica é “devolvido” hoje á comunidade e visitantes após a sua reabilitação, tendo em conta que o projecto agrega uma cadeia de valor ligada ao património, à cultura e ao turismo, respeitando o ambiente trazendo mais valia à ilha.
A reabilitação deste edifício coube no Plano Nacional de Reabilitação dos Edifícios Históricos e Estudos Religiosos coordenado pelo ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do Instituto do Património Cultural (IPC), conta com co-financiamento da Direcção Nacional do Ambiente, através do programa da Biotur com o financiamento do PNUD, no valor de 3.508 contos, sendo o valor global do investimento 4.208 contos.
Sobre as obras da requalificação do Forte Duque de Bragança foram conservados e restaurados sete canhões do monumento, colocado passadiço que vai desde o Forte até o litoral, e a musealização com colocação de sinaléticas informativas à volta do ilhéu.
Além da reabilitação deste edifício histórico e património Forte Duque de Bragança e com a musealização de todo o ilhéu Djéu, foram igualmente criados roteiros subaquáticos, que complementam o núcleo de arqueologia da Boa Vista.
Esta obra, que decorreu no âmbito da implementação do projecto de musealização ‘in situ’ do bem patrimonial visa criar condições de interpretação do mesmo, como testemunha de parte da história da ilha, ligados ao porto de Sal-Rei, à actividade comercial, ao contacto com pessoas de outras paragens, à pirataria e à organização militar.
Na quinta-feira, 8, inaugura-se também o Museu de Arqueologia Subaquática, na praia diante, na cidade de Sal-Rei que foi instalado na antiga Alfândega, edifício reabilitado e requalificado com financiamento do Governo de Cabo Verde, através do Plano Operacional do Turismo (POT), em 12 milhões de escudos cabo-verdianos, do projecto Margullar2, no quadro do Programa MAC 2014-2020, num montante de 3 milhões de escudos cabo-verdianos e pela Câmara Municipal da Boa Vista no valor de 800 contos, coordenada pelo IPC – Instituto do Património Cultural.