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Segundo o cineasta e membro fundador do DIFF, Guenny Pires, este festival, apesar de ter apenas três anos de existência, está a ganhar dimensão internacional e poder, sendo benéfico para Cabo Verde e para o cinema cabo-verdiano.
“É muito importante para nós que este festival continue a ganhar o seu espaço de uma forma humilde e simples para a qual foi criado”, garante.
O evento cinematográfico decorre durante sete dias. Tem como objectivo educar, entreter, encorajar e inspirar jovens desfavorecidos a participarem no cinema africano, nas artes visuais e no cinema mundial. Este ano, o DIFF terá como tema “O Papel do Cinema na Construção da Nação”.
Para esta edição Guenny Pires destacou que vão participar três filmes pré-candidatos ao Óscar 2024. “Queremos que Cabo Verde tire o máximo proveito deste evento, sobretudo os cineastas locais para aproveitar a oportunidade de verem 125 filmes de 82 países, onde Cabo Verde está incluído, com sete filmes”.
Este ano temos o Prémio Amílcar Cabral e o Prémio Sarah Maldoror, que é mais direccionado às mulheres cineastas. “Este ano temos prémios na categoria estudantes. Os estudantes, tanto de Cabo Verde como de outros países, vão candidatar-se a prémios no festival”.
Para este festival estão confirmadas a presença de 35 cineastas internacionais e nacionais.
Festival na Praia e no Fogo
O DIFF acontece nos dias 6 e 7 de Novembro, na Cidade da Praia e 8 a 12 na ilha do Fogo. Dos 125 filmes que serão exibidos, o júri vai escolher 25 filmes que vão concorrer aos prémios.
Guenny Pires avançou que haverá actividades na ilha do Fogo, “mas queremos destacar a Cidade da Praia como lugar de evento, onde acontecem várias actividades de renome”.
“Para nós, é um grande orgulho abrir este festival na Universidade de Cabo Verde, na presença do Presidente da República, José Maria Neves, juntamente com embaixadores, convidados e cineastas”, informa.
Na Cidade da Praia, além da abertura, haverá uma sessão de masterclass com cineastas convidados e estudantes. Este festival é realizado pela Txan Film Production & Visual.
“No Fogo, a abertura será em Chã das Caldeiras, depois vamos passar pela Cidade de São Filipe, onde vamos exibir a maior parte dos filmes. Este ano vamos exibir filmes em todos os concelhos da ilha do Fogo”, relata.
Ainda na ilha do Fogo, disse que vão ter um dia especial dedicado aos Mosteiros como lugar do café e de Talaia Baxo. “Este festival criou um prémio que é curta talaia baxo, onde os jovens dos Mosteiros serão distinguidos”.
“Vamos ter oportunidade de visitar todas as escolas secundárias da ilha, além da escola básica de Chã das Caldeiras, onde vamos ter actividades durante os sete dias do festival”, indicou.
A Cidade da Praia vai receber o primeiro Cabo Verde Film Market, uma oportunidade para os cineastas nacionais colaborarem com os internacionais.
A Cidade Velha, por ser Património Mundial da Humanidade, vai receber o lançamento do “Prémio Cidade Velha”. Para Guenny Pires, os filmes sobre a Cidade Velha ou Cabo Verde têm grande oportunidade de ganhar este prémio.
Durante o festival alguns cineastas nacionais e internacionais vão receber menções honrosas.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1144 de 1 de Novembro de 2023.
