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O presidente da FCF, citado pela Inforpress, afirma “que neste momento não há desbloqueamento das verbas a que a instituição tem direito, tendo em conta que as contas não foram apresentadas em 2016 e nem o relatório de auditoria, que é uma obrigação de todas as federações”.
Mário Semedo diz, entretanto, que a sua equipa já fechou as contas de 2016 (correspondente à gestão Victor Osório) e que já as remeteu ao Conselho Fiscal, no sentido de levá-las a auditoria.
O Expresso das Ilhas sabe que, à data da destituição de Victor Osório, as contas estavam praticamente fechadas e que os atrasos deveram-se a inconformidades encontradas nas primeiras versões do relatório. A FCF terá pedido um adiamento do prazo de entrega dessas contas, por forma a evitar penalizações, pedido que terá sido aceite pela FIFA. No entretanto, teve lugar a Assembleia Geral que destituiu Osório e o processo terá sido interrompido, esgotando-se o prazo suplementar dado pela entidade que rege o futebol mundial.
Em relação à contabilidade de 2017, a FCF tem um prazo para apresentar as contas de um ano que também está a debater-se com outro problema, já que, segundo Mário Semedo, a Comissão de Gestão, presidida por Mário Avelino, não terá entregue a esta direcção nenhum dossier da gestão durante os dois meses e não existirá na contabilidade "qualquer registo contabilístico dessa gestão".
Mário Semedo considera de “muito grave” esta postura, com o agravante “da Comissão de Gestão da FCF ter recebido o dinheiro que era destinado às associações regionais", sendo que o mesmo, acusa o presidente da FCF, "não chegou ao destinatário”.
A direcção da FCF pretende debater todos estes constrangimentos ao longo da visita de 24 horas do presidente da FIFA a Cabo Verde. A chegada de Gianni Infantino está prevista para sexta-feira à noite.
