Santo Antão, revela hoje o INE, foi a ilha onde mais cresceu a oferta de estabelecimentos hoteleiros “com um acréscimo de 26 estabelecimentos”, tendo-se registado igualmente aumentos nas ilhas do Fogo, São Vicente e Sal.
O Sal continua a ser a ilha com maior oferta de quartos, disponibilizando quase metade da oferta nacional (47,1%). “Boa Vista manteve no 2º lugar, com 24,5%, e Santiago em 3º, com 10,5%”, acrescenta o Instituto Nacional de Estatística no seu Inventário Anual de Estabelecimentos Hoteleiros relativo a 2017.
Segundo o mesmo documento, em finais do ano passado trabalhavam, nos estabelecimentos hoteleiros inventariados em todo o país, cerca de 8.825 pessoas, “o que corresponde a um acréscimo de 14,0%, em relação ao ano 2016”.
Especificando, o INE aponta que os Hotéis continuam a empregar o maior número de pessoas, “representando cerca de 84,3% do total do pessoal. Seguem-se as Residenciais e as Pensões, com 4,6% e 4,0%, respectivamente. A ilha do Sal continua a ser a ilha com maioria do pessoal empregado nos estabelecimentos de alojamento turístico. Cerca de 56 em cada 100 empregados dos referidos estabelecimentos estão nessa ilha; em seguida aparecem as ilhas da Boa Vista, com 21,7% e de Santiago com 9,6%”.
Precariedade domina
O relatório elaborado pelo INE mostra que a maioria dos trabalhadores dos estabelecimentos hoteleiros são mulheres (59,3%) e que mais de dois terços dos trabalhadores no sector turístico em Cabo Verde têm contractos precários de trabalho.
“Do pessoal ao serviço remunerado, 75,3% tem contrato a termo, 20,5% tem contrato permanente e apenas 4,2% não tem contrato. Dos com contrato a termo, 39,3% tem contrato de 3 meses, 33,0% tem contrato de 6 meses e 27,7% tem contrato de um ano”, esclarece o INE que acrescenta que a restauração “representa 20,6% do pessoal, a cozinha representa 16,1%, limpeza (12,0%) e andares (12,4%). As categorias menos representativas são o controlo e economato com igual peso de 1,0%, a pastelaria representa 1,7%”.