"Esta foi uma decisão do accionista dentro do quadro legal que tem de ser respeitado e o Governo entende que é uma decisão no sentido de o país vir a ter mais um operador no sistema financeiro cabo-verdiano", afirmou o ministro das Finanças, Olavo Correia.
Em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV), o também vice-primeiro-ministro disse que o sistema financeiro de Cabo Verde está em transformação e a entrada de mais um operador trará mais-valias para o país.
"Temos um operador novo no Banco Internacional de Cabo Verde (BICV), do Bahrein. As acções da Geocapital estão em processo de alienação a nível da Caixa Económica e agora ao nível do BCA, tendo mais um investidor com propensão para o crescimento orgânico, com uma actuação mais agressiva no mercado do crédito, isso só engrandece ao sistema financeiro", reforçou Olavo Correia.
O ministro das Finanças disse que o processo será tranquilo e que os interesses dos trabalhadores serão salvaguardados.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Financeiras (STIF), Aníbal Borges, já disse que vai acompanhar com atenção o processo, esperando que os direitos dos trabalhadores sejam garantidos.
Na sexta-feira, o presidente da CGD, Paulo Macedo, anunciou, na cidade da Praia, que o banco público vai vender a participação maioritária que detém no BCA, mantendo a sua posição no Banco Interatlântico.
O banco público português vai manter a sua posição de 71% no Interatlântico.