Com dois bancos no arquipélago - BCA e Interatlântico - a Caixa Geral de Depósitos terá que reduzir a sua exposição nas ilhas no prazo máximo de dois anos.
De acordo com o Jornal de Negócios, de Portugal, a Comissão Europeia autorizou várias alterações ao plano estratégico da CGD e deixou de obrigar à retirada do banco do mercado francês, onde emprega 500 trabalhadores.
As unidades de Espanha, África do Sul e Brasil já estão em processo de venda e já encerraram as unidades "off-shore" em Macau e Cayman.
De acordo com o Governo português, através do Ministério das Finanças, "o ajustamento da estratégia internacional da CGD considera uma redução da exposição aos mercados de Cabo Verde e Moçambique até ao final de 2020, a qual não porá em causa a presença da CGD nesses países". Por enquanto, não são avançados detalhes sobre a forma como isto será feito.
Em Moçambique, deverão existir mexidas ao nível do BCI, cuja estrutura accionista é liderada por Caixa e BPI.
O gabinete de Mário Centeno acredita que a reavaliação do plano de reestruturação da Caixa, que acontece depois da instituição financeira ter regressado aos lucros mais cedo do que o esperado, "reflecte o sucesso da implementação contínua de medidas de controlo de custos".
Em pleno processo de reestruturação profunda, a Caixa Geral de Depósito, detida pelo Estado português, tem vindo a fazer profundas alterações à sua operação e presença em muitos mercados. Em Portugal, fecharam já dezenas de agências.