Segundo o Inquérito de Conjuntura no Consumidor, relativo ao último trimestre do ano passado, “o indicador de confiança no consumidor inverteu a tendência descendente do último trimestre, registando o valor mais alto dos últimos dezasseis trimestres consecutivos”.
“Observa-se uma evolução positiva comparativamente ao trimestre homólogo. Este resultado explica-se basicamente pela apreciação positiva das famílias sobre a sua situação financeira, a situação económica do país e o desemprego para os próximos 12 meses relativamente ao trimestre homólogo”, explica o INE.
No entanto, apesar do aumento de confiança por parte dos consumidores, o INE registou que “tanto a situação económica das famílias como a do país evoluíram negativamente face ao trimestre homólogo”. A explicação, defende o INE, está no facto de se ter registado um aumento do preço de bens e serviços.
Para os inquiridos, poupar dinheiro, comprar carro ou casa é ainda impossível. 63,8% dos participantes neste inquérito do INE consideram que a conjuntura económica actual impossibilita a poupança de dinheiro. Comprar carro é impossível para 79,7% e a compra ou construção de casa própria não irá acontecer para 61,9%.