Segundo a mesma fonte, depois de mais de três meses e meio de ligações internas suspensas, por decisão das autoridades cabo-verdianas para conter a progressão da pandemia de COVID-19, os voos domésticos foram retomados a 15 de Julho , registando-se um crescimento progressivo no número de passageiros transportados.
Por outro lado, indicou, o movimento de passageiros permanece significativamente abaixo dos níveis anteriores à pandemia de COVID-19, devido à suspensão, ainda em vigor, das ligações aéreas internacionais regulares, desde a segunda quinzena de Março, com um peso significativo na operação da companhia, que assegura depois as conexões internas entre as várias ilhas.
“Em 2019, cerca de 40% dos passageiros que se apresentaram ao ‘check-in’ nos voos domésticos que operamos utilizaram o passaporte como documento de identificação. É óbvio que nem todos serão passageiros oriundos do exterior, mas já dá uma ideia da importância da abertura a voos internacionais para todos, não apenas para a TICV”, reconhece Luís Quinta.
E lembrou que a companhia, que há um ano assinalou o milhão de passageiros transportados em Cabo Verde, movimentou 6.800 passageiros em Agosto (43.900 passageiros em Agosto de 2019) e 7.200 passageiros em Setembro (26.200 em Setembro de 2019), pelo que, sem a retoma das ligações internacionais regulares, nomeadamente com o regresso dos turistas, ainda não será em Outubro e que os voos domésticos poderão crescer significativamente.
“A continuar assim, temos sérias dúvidas que em Outubro se ultrapasse a barreira dos 10.000 passageiros. Na nossa óptica é de absoluta e vital importância a abertura oficial ao exterior, com a consequente chegada e movimento de mais passageiros”, assumiu ainda Luís Quinta.
O director geral relembrou entretanto que desde 01 de Agosto está em vigor um corredor aéreo para voos essenciais entre Lisboa (Portugal) e as ilhas de Santiago e de São Vicente, operados regularmente por duas companhias portuguesas.
“Neste momento já estamos a ligar os passageiros que chegam com a TAP à Praia e a São Vicente às outras ilhas, e nas duas últimas semanas os passageiros que chegam com a SATA de Boston, via Ponta Delgada, à Praia, ligando às ilhas do Fogo e de São Vicente. Esperamos que estas companhias reforcem a sua oferta para Cabo Verde e esperamos também que outras companhias as sigam o mais breve possível”, indica.
Luís Quinta sublinhou que antes da suspensão dos voos, as ligações aéreas de passageiros para sete ilhas do arquipélago eram garantidas pela TICV com nove diferentes rotas operadas por três ATR-72 500, com capacidade para 72 passageiros, operação que tem sido progressivamente recuperada desde 15 de Julho.