Segundo a administração, a TICV transportou 3.448 passageiros em Julho, nos primeiros 15 dias da retoma dos domésticos, e 5.186 nos primeiros 15 dias de Agosto, com uma taxa de ocupação, no geral, ligeiramente acima dos 65%.
“Nota-se um aumento da procura de Julho para Agosto, ainda que subtil. Mas são números ainda muito aquém dos mais de 80 mil passageiros transportados entre Julho e Agosto de 2019”, explica o Director-geral da TICV, Luis Quinta.
As ligações aéreas interilhas em Cabo Verde foram suspensas no final de Março, com a declaração do Estado de Emergência para conter a pandemia de COVID-19, tendo sido retomadas em 15 de Julho, com a obrigatoriedade, definida pelas autoridades, de os passageiros apresentarem testes rápidos negativos ao novo coronavírus realizados com uma antecedência mínima de 72 horas.
“Durante este primeiro mês de voos após a suspensão nota-se que os constrangimentos e atrasos dos primeiros dias já foram ultrapassados e que o processo de verificação sanitária, check-in e embarque tornou-se mais rápido”, admitiu Luís Quinta.
Conforme o Director-geral da companhia, no primeiro mês de retoma ainda se registaram “alguns casos de passageiros que tiveram de remarcar ou desistir da viagem devido aos testes”, algo que “já era expectável”.
“Inclusive oferecemos alterações gratuitas por esse motivo até 31 de Julho, mas agora o número não é significativo em comparação com passageiros que efectivamente voaram”, assegurou.
Com a retoma das ligações aéreas disse que todas as ilhas cabo-verdianas já têm voos regulares como no período prévio à pandemia, apesar da programação “ainda bastante reduzida”, face ao que a companhia pretendia.
“Passamos de 118 voos semanais, antes da pandemia, para 34 voos semanais desde o retorno das operações. Pretende-se para Setembro começar a incrementar a oferta nomeadamente para os percursos entre São Vicente e Sal”, avança.
Outra das expectativas da companhia, conforme disse, é a anunciada retoma dos voos internacionais para o arquipélago em Agosto, o que poderá permitir o reforço do número de ligações: “Acreditamos que a procura também aumente após a retoma dos voos internacionais e que seja possível acrescentar, na programação, voos também para as outras ilhas”.
Não obstante as expectativas, a administração da TICV faz um balanço “ainda bastante cauteloso”, face aos “números muito abaixo do que se considera a operação normal” da companhia.
“Mas é gratificante, no entanto, sentir a confiança na eficácia dos procedimentos de segurança e como a retoma dos voos era muito esperada pelos nossos clientes”, afirma Luís Quinta.
A TICV garante que os passageiros estão a cumprir todas as medidas de segurança adoptadas para as viagens interilhas, reforçando o apelo à necessidade de quem viaja já ter o formulário sanitário preenchido antes da chegada ao aeroporto, para evitar atrasos.
“O uso de máscara em todas as áreas dos aeroportos, o controle sanitário à entrada do aeroporto, o distanciamento social assim como higienização e etiqueta respiratória têm sido cumpridos na íntegra por todo o staff envolvido nas operações da TICV, assim como por todos os passageiros e, até ao momento, não se registou qualquer contágio que tenha ocorrido na sequência dos procedimentos relacionados com os voos da companhia”, explica.
E frisou que antes da suspensão dos voos, as ligações aéreas de passageiros para sete ilhas do arquipélago eram garantidas pela TICV com nove rotas operadas por três ATR-72 500, com capacidade para 72 passageiros.