De acordo com dados de um relatório estatístico deste mês do Banco de Cabo Verde (BCV) as remessas enviadas pelos imigrantes residentes em Cabo Verde comparam com os 1.404 milhões de escudos de Janeiro a Junho de 2020.
Num período que continua a ser marcado pelas consequências económicas da pandemia de covid-19 também em Cabo Verde, com a paragem quase total do turismo - que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do país -, os imigrantes portugueses foram os que mais remessas enviaram para o exterior no primeiro semestre, com 519,2 milhões de escudos, aumentando quase 30% face aos seis primeiros meses de 2020.
Seguiram-se os imigrantes do Senegal, com 174,1 milhões de escudos, e da Guiné-Bissau, com 111,5 milhões de escudos, sendo estas as duas comunidades estrangeiras mais numerosas residentes em Cabo Verde.
Segundo dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a comunidade portuguesa em Cabo Verde desenvolve actividades nas áreas do comércio, incluindo a distribuição alimentar e de bebidas, na hotelaria e restauração, na construção civil e metálica, entre outros.
A Lusa noticiou anteriormente que as remessas enviadas pelos imigrantes em Cabo Verde para os países de origem caíram 8,3% em 2020, para 2.788 milhões de escudos, segundo dados de um relatório anual do BCV.
De acordo com o documento, as remessas enviadas pelos imigrantes em Cabo Verde recuaram face aos 3.093 milhões de escudos em 2019 e quase 2.983 milhões de escudos em 2018.
Os imigrantes portugueses foram os que mais remessas enviaram para os países de origem em 2020, com 928,4 milhões de escudos, ainda assim menos quase 4% face a 2019.
Seguiram-se os senegaleses, que aumentaram essas remessas no ano passado para 369,7 milhões de escudos, enquanto os imigrantes da Guiné-Bissau enviaram remessas de 119 milhões de escudos.
Os imigrantes dos Estados Unidos da América em Cabo Verde enviaram 206,7 milhões de escudos em remessas, uma quebra superior a 36% face a 2019.