Carla Grijó avançou estes dados durante a sua intervenção na conversa aberta subordinada ao tema “Políticas Públicas e Cooperação Internacional para o Turismo”, sem, no entanto, precisar os valores.
O evento foi promovido pelo Governo, através do Ministério do Turismo e Transportes, em parceria com a Câmara Municipal do Tarrafal, e o Instituto do Turismo de Cabo Verde, no âmbito do Dia Internacional do Turismo, assinado sob lema “Turismo para o Crescimento Inclusivo”, cujo acto central teve como palco o município do Tarrafal de Santiago.
De entre os projectos, a diplomata destacou o de redes de turismo criadas na ilha de Santo Antão, eco-turismo no Fogo, e turismo solidário e comunitário no Maio.
“A aprendizagem que temos feito com estes projectos tem nos levado a ter um papel cada vez mais activo no sector do turismo (…)”, concretizou a embaixadora da UE em Cabo Verde.
Ainda sobre projectos turísticos, Carla Grijó lembrou que a UE assinou recentemente um programa de investimento com a ilha do Maio – o “Maio 2025” – que, segundo ela, incide em quatro pilares fundamentais, o turismo verde e criação de emprego, energias renováveis, acesso generalizado à água e ao saneamento, e economia azul.
“A pandemia de covid-19 torna programas como o “Maio 2025” ainda mais relevantes, face aos consensos quanto à necessidade de inventarmos modelos económicos e uma consciência crescente em Cabo Verde como na Europa da importância de promovermos modelos sustentáveis”, defendeu a diplomata.
O programa de desenvolvimento territorial “Maio 2025” conta com a contribuição europeia no montante de 3 milhões de euros e prevê a criação de um Centro de Negócios na ilha, a qualificação profissional de jovens, acções de conservação ambiental e o reforço da sensibilização e educação na adolescência, entre s outras acções.
No seu entender o programa como “Maio 2025” deve ser replicado noutras ilhas e municípios, onde existe esse potencial turístico.
Na ocasião, lembrou que a UE iniciou, este ano, um “novo ciclo” no âmbito da sua parceria estratégica com Cabo Verde, que está centrada na retoma económica e que a diplomata espera que se baseie num modelo “mais verde e mais inclusivo”.