Desde sexta-feira que a tendência dos preços do petróleo, nos mercados internacionais, é de descida por causa dos receios de uma recessão da economia mundial
Hoje de manhã, o barril de Brent, negociado em Londres e que serve de referência para o mercado nacional para a fixação dos preços dos combustíveis, chegou a cair mais de 1%, estando agora a desvalorizar cerca de 0,5% e a cotar em torno de 84,5 dólares, o nível mais baixo desde Fevereiro deste ano. Já o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, também recua em torno de 0,5% e está a cotar na casa dos 78 dólares por barril.
Segundo diversos especialistas em mercados financeiros há dois factores que estão a explicar este movimento descendente dos preços do petróleo.
Por um lado, os investidores temem que a subida das taxas de juro que estão a ser decididas por muitos dos bancos centrais para dar resposta à inflação possam levar a um abrandamento ou mesmo recessão económica, o que levará a uma queda da procura por petróleo.
Por outro, a valorização recente do dólar também penaliza a procura, já que obriga os compradores que usam outras moedas a gastarem mais para adquirir petróleo. Esta manhã, o índice que compara o dólar com outras seis das principais moedas a nível mundial está a subir para novos máximos históricos.
As atenções viram-se agora para a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), cujos membros, juntamente com os países aliados liderados pela Rússia, irão reunir-se no próximo dia 5 de Outubro. As expectativas apontam para que desta reunião saia a decisão de limitar a produção no que será visto como uma tentativa de estancar a queda dos preços ao limitar a oferta.