De acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas, no ano de 2019, o PIB registou um aumento de 6,9%, em termos reais, taxa superior em 3,2 pontos percentuais (p.p.) à verificada no ano de
2018.
A análise do PIB feita na óptica da procura mostra que as despesas do consumo final das famílias e da administração pública tiveram variações em volume de 4,1% e 16,3%, respectivamente.
Naquele ano, o Investimento registou uma variação negativa de 3,7%, em volume (+4,0% no ano anterior).
Por seu turno, as exportações registaram um aumento de 9,2% em 2019 e as importações 3,3%.
Segundo a análise do PIB na óptica da produção, as actividades que mais contribuíram para a variação total do PIB (+6,9%) foram a construção (+1,0 p.p.), comércio (+1,0 p.p.), alojamento e restauração (+0,9 p.p.), atividades imobiliárias (+0,8 p.p.) e administração pública (+1,6 p.p.).
“Em termos globais, o sector primário teve uma queda de 0,4%, e os sectores secundário e terciário registaram aumentos de 6,2% e 8,3% respectivamente, em relação ao ano de 2018”, lê-se.
O INE explica que a queda no sector primário deveu-se, fundamentalmente, à redução do VAB no ramo da agricultura (-2,0%), enquanto o desempenho positivo do sector secundário foi motivado, essencialmente, pelas actividades das outras indústrias transformadoras (+7,8%) e da construção (+13,0%).
Já o aumento no sector terciário, de 8,3% em relação a 2018, explica-se pelo desempenho positivo nas actividades de comércio (+9,8%), alojamento e restauração (+12,8%), actividades financeiras e de seguros (+7,0%), actividades imobiliárias (+10,0%) e da administração pública (+15,7%).
Conforme a mesma fonte, o valor acrescentado bruto (VAB) em 2019 cresceu 7,5%, o que representa um aumento de 5,2 p.p. face ao verificado no ano anterior.
Por sua vez, os impostos líquidos de subsídios sobre os produtos, em termos reais, apresentaram uma variação de 3,3% em 2019, contribuindo em 0,4 p.p. para a variação total do PIB.