Taxa de pobreza em 2022 situou-se em 28,1%. Zonas urbanas são as mais atingidas

PorSheilla Ribeiro,17 abr 2023 11:04

A taxa de pobreza situou-se em 28,1% em 2022, sendo as zonas urbanas as mais atingidas segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgados hoje.

Conforme o INE, as estimativas indicam que entre 2015 e 2019, a pobreza diminuiu em 7,5 pontos percentuais, atingindo 27,7% em 2019.

Após o início da pandemia, o turismo foi interrompido, resultando num PIB negativo de 19,3% e, como consequência, as estimativas indicam que a pobreza aumentou 3,6 pontos percentuais entre 2019 e 2020, levando aproximadamente 20.700 indivíduos à pobreza, quase revertendo os ganhos na redução da pobreza dos 4 anos anteriores.

Após o declínio relacionado com a COVID-19, o crescimento económico foi retomado em 2021 e 2022, e as estimativas indicam a diminuição da taxa de pobreza, passando de 31,3% em 2020, para 28,1% em 2022, permanecendo ainda acima dos níveis pré-pandemia de 2019.

“Numa análise por meio de residência, verifica-se que as estimativas indicam que as zonas urbanas foram as mais atingidas, apresentando um aumento da pobreza de 4,9 pontos percentuais entre 2019 e 2020, em comparação com 1,7 pontos percentuais nas zonas rurais, pelo que o aumento da pobreza está associado a um novo tipo de agregados familiares pobres com maior probabilidade de serem urbanos”, lê-se no documento.

Em 2015, 61% dos agregados familiares pobres eram liderados por mulheres, contra 39% por homens. Embora esta diferença tenha diminuído até 2019, as estimativas para 2020 e 2022 sugerem que a percentagem de agregados familiares pobres representados por mulheres ultrapassou os níveis de 2015, atingindo 62% e 66%, respectivamente.

Facto que, segundo o INE, mostra que os grupos mais vulneráveis atingidos pela desaceleração económica induzida pela COVID-19 e uma lenta recuperação.

“Este padrão pode ser explicado pela grande proporção de mulheres empregadas no sector de serviços (84,3%), que foi o sector mais atingido durante a pandemia de COVID-19”, explica.

Se entre 2015 e 2019 os agregados familiares pobres estavam quase uniformemente distribuídos entre as áreas urbanas e rurais, com o início da pandemia de COVID-19, as famílias pobres tornaram-se mais urbanas, constituindo 55% das famílias pobres.

Por outro lado, a percentagem de agregados familiares rurais pobres manteve-se consistente.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,17 abr 2023 11:04

Editado porAndre Amaral  em  11 jan 2024 23:28

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