Nicolas Notebaert, que é presidente do conselho de administração (PCA) da Vinci Concessions, deu esta garantia à imprensa, no final de um encontro com o Presidente da República, José Maria Neves, para apresentar o seu plano estratégico e visão para a modernização e dinamização dos aeroportos do país para os próximos 40 anos.
Salientou que o encontro com o chefe de Estado serviu para de entre outros motivos, agradecer, uma vez mais, as autoridades cabo-verdianas pela confiança depositada na Vinci Airports para gerir a rede de aeroportos e aeródromos em Cabo Verde, contribuindo assim no processo e desenvolvimento do país.
Conforme lembrou, a concessionária já pagou a primeira tranche no valor de 35 milhões de euros, de acordo com o contrato de concessão, informando que a segunda tranche de 45 milhões de euros será feita dentro de alguns meses.
Nicolas Notebaert elencou um conjunto de compromissos que o grupo Vinci estabeleceu como prioridades que serão cumpridas durante o período de gestão, destacando que a empresa quer contribuir na promoção das áreas social, ambiental, económica e segurança das infraestruturas.
“É importante garantir o sistema de pista dos terminais, mas também um compromisso ambiental, vamos produzir a energia eólica nos aeroportos de Cabo Verde, a energia eólica no aeroporto do Sal e a energia solar nos aeroportos de Boa Vista e da Praia”, indicou.
Nicolas Notebaert destacou, igualmente, o compromisso da empresa em garantir a integração e formação dos funcionários dos aeroportos de Cabo Verde, que, realçou, têm gerido muito bem as infraestruturas aeroportuárias e que, “evidentemente”, continuarão a trabalhar com a Vinci Airports.
“Estamos muito honrados e orgulhosos com a celebração desse contrato. Somos o líder mundial de concessão de infraestruturas e esta é a primeira concessão que assinamos no continente africano. É uma grande honra para nós começar a operar em Cabo Verde, que é um país comprometido com o desenvolvimento sustentável da sua população”, declarou.
A delegação recebida pelo Presidente da República inclui ainda o director executivo da Cabo Verde Airports, Jorge Benchimol Duarte, o PCA da ANA Aeroportos de Portugal, José Luís Arnaut, o presidente da Comissão Executiva da ANA, Thierry Ligonnière, e o director de Desenvolvimento da Vinci Airports, Benoît Trochu.
O contrato de concessão do serviço público aeroportuário ao grupo Vinci, envolvendo a gestão por 40 anos dos quatro aeroportos internacionais e três aeródromos, foi assinado em Julho do ano passado.
Com a entrada em vigor do contrato de concessão, a 24 de Julho último, a Cabo Verde Airports passou a assumir a gestão dos aeroportos e aeródromos do país, pelo que, em contrapartida pela atribuição da concessão, esta sociedade deve, segundo o Contrato, pagar ao Estado de Cabo Verde um montante inicial de 80 milhões de euros, em duas prestações.
A Vinci Airports é o principal operador privado de aeroportos do mundo, gerindo 72 aeroportos em 13 países da Europa, Ásia, África e América.
Em 2016, a Vinci Airports tornou-se o primeiro operador aeroportuário a comprometer-se com uma estratégia ambiental internacional, estabelecendo o objectivo de reduzir para metade a sua pegada de carbono directa, até 2030, e atingir zero emissões líquidas directas em toda a sua rede, até 2050.