"A Cabo Verde Telecom foi alvo de uma disrupção na sua rede, iniciada na madrugada de 19 de outubro de 2023, resultante de um ciberataque deliberado e malicioso. A empresa interceptou de imediato o problema na rede e agiu de forma a identificar e conter os efeitos e repor os serviços", anuncia a empresa em comunicado.
Segundo o mesmo documento foram afectados os serviços VOIP, atendimento a clientes, televisão e voz móvel sendo que até ao momento a empresa conseguiu restabelecer os serviços de VOIP e voz móvel.
"A gravidade do acto criminoso a que fomos sujeitos implica um trabalho minucioso de recuperação, envolvendo técnicos da CVTelecom e fornecedores externos. O processo de recuperação e consequente estabilização dos serviços afetados irá acontecer progressivamente", explica a empresa.
A empresa garante igualmente que continua "determinada em repor a normalidade de todos os serviços, no menor tempo possível, e lamenta profundamente os transtornos causados aos clientes. Até ao momento, não temos quaisquer indícios de que os dados de Clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos. Entretanto, será levado a cabo uma investigação aprofundada deste acto criminoso com o envolvimento das autoridades competentes".
Este não é o primeiro ataque de pirataria informática em larga escala a acontecer em Cabo Verde. Em Novembro de 2020 os serviços da Rede Tecnológica Privativa do Estado (RTPE) foram temporariamente suspensos após um ataque de Ransomeware.
Na altura, em declarações ao Expresso das Ilhas, o PCA da NOSi, Carlos Pina, referiu que havia indícios de que se tratava de "uma rede criminosa internacional que tem células espalhadas por vários países" e que, apesar de não haver evidências nesse sentido, mas estava em aberto "a possibilidade que poderemos, eventualmente, ter alguma célula em Cabo Verde".