A Coris Holding, com sede no Burkina Faso, foi a escolhida pelo Estado português para a venda dos 59,81% que a Caixa Geral de Depósitos detém no BCA.
A resolução foi aprovada em Conselho de Ministros opta pela proposta apresentada pela holding do Burkina Faso em detrimento das propostas apresentadas pelo IIBGroup Holdings, sediado no Bahrein, e do ganês First Atlantic Banke.
Segundo o Jornal de Negócios a venda vai ser feita por um valor a rondar os 70 milhões de euros, explicou a Caixa Geral de Depósitos em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). "Caso se venha a confirmar o preço global, este deverá gerar mais-valias da ordem dos 15,795 milhões de euros", acrescentou a CGD. "Quanto ao impacto no capital da CGD, a alienação deverá resultar num aumento superior a 38 pontos base no rácio de solvabilidade, resultantes da conjugação da mais-valia gerada e da diminuição dos activos ponderados pelo risco".
A opção de vender a participação da Caixa Geral de Depósitos no BCA foi tomada em 2017 e estava planeada desde 2019 sendo atrasada pela pandemia de COVID-19.
A Caixa Geral de Depósitos detém 59,81% do capital do BCA repartidos através de uma participação directa de 54,41% a que se juntam 5,4% através de uma participação indirecta através do Banco Interatlântico.
Além do Burkina Faso, onde está sediada, a Coris Holding está presente em vários mercados da África Ocidental. Segundo informações presentes no site da holding, esta opera no Senegal, Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Guiné Conakry, Benin, Togo, Mali e Níger.
Segundo o último Relatório&Contas divulgado pelo grupo - publicado em 2020 - a Coris Holding tinha, na altura, capitais próprios de 56,7 mil milhões de Francos CFA após 49,3 mil milhões de Francos CFA em 2019, enquanto o passivo corrente ascendia "a 18,2 mil milhões de em 31 de dezembro de 2020, um aumento de 65,2 % em comparação com 2019, e consistia principalmente numa conta corrente associada conta corrente associada e passivos fiscais e de segurança social".