No caso dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Guiné-Bissau e Moçambique são as economias lusófonas africanas com um crescimento mais rápido este ano, ambas com uma expansão de 5%.
De acordo com o relatório apresentado esta semana, no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorrem em Washington, Guiné-Bissau e Moçambique vão registar um crescimento de 5%, acima dos 4,7% de Cabo Verde e dos 2,9% de São Tomé e Príncipe.
Angola deverá expandir-se 2,6% este ano, depois de ter registado um crescimento de 0,5% no ano passado, acelerando para 3,1% em 2025, ao passo que a Guiné Equatorial registará, este ano, um ligeiro crescimento de 0,5%, depois de ter contraído 5,9% no ano passado, e voltando novamente ao 'vermelho' em 2025, com uma recessão prevista de 4,6%.
São Tomé e Príncipe, depois de ter registado uma quebra de 0,3% no PIB do ano passado, deverá acelerar para um crescimento de 2,9% este ano e de 4,1% em 2025, de acordo com as previsões do FMI que, neste relatório, apresenta apenas uma tabela com dados macroeconómicos, deixando o enquadramento para o relatório especificamente sobre África, que será divulgado na sexta-feira.
"Na África subsaariana, o crescimento deverá aumentar dos 3,4% previstos em 2023 para 3,8% em 2024 e 4% em 2025, com os efeitos negativos dos choques climáticos a manterem-se e os problemas nas cadeias de fornecimento a melhorarem gradualmente", lê-se nas Perspetivas Económicas Mundiais.
A previsão, acrescenta o FMI, é praticamente igual à do relatório sobre África, divulgado em outubro, e da atualização em janeiro, "já que a revisão em baixa do crescimento de Angola devido à contração do setor petrolífero é compensada, de forma geral, pela revisão em alta na Nigéria".
A nível mundial, o FMI melhorou em uma décima a previsão do crescimento global para 3,2% este ano, taxa que também espera para o próximo ano.
A instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê que o crescimento global, estimado em 3,2% em 2023, continue ao mesmo ritmo em 2024 e 2025.
A previsão para 2024 foi revista em alta em 0,1 pontos percentuais (pp.) face ao relatório de Janeiro e em 0,3 (pp.) em relação a outubro do ano passado.