Segundo Ulisses Correia e Silva, trata-se de uma iniciativa “inovadora e pertinente” que irá tornar o processo de financiamento “mais rápido”, permitindo assim a qualquer jovem empreendedor, de Santo Antão a Brava, fazer o seu pedido, desde que tenha um móvel ligado a Internet.
“É um banco que vai ser 100 % digital, que vai permitir que desde o pedido de crédito, até à decisão e acompanhamento do crédito tudo seja feito através de meios informáticos, electrónicos e digitais, fazendo com que o beneficiário ou o empreendedor possa ter toda a informação e possa acompanhar o seu processo de pedido", adiantou o chefe do Governo.
A mesma fonte disse ainda que a visão deste programa é garantir que todo o processo seja “mais rápido, ágil e com menos burocracia” e garantir que se cumpram as condições também da contratualização relativamente às garantias que são assumidas pelo Estado, quanto à bonificação.
Na mesma linha, avançou que a ideia é fazer com que esses empreendedores possam criar negócios, autoemprego e rendimento, e tratem da sua vida com a vantagem de que todo este sistema terá facilidade de financiamento, através de uma fiscalidade também “muito mais favorável” do que seria fora deste quadro do programa.
“Vamos trabalhar com os bancos que já existem, é aproveitar as instituições financeiras e fazer a contratualização com eles para aderirem a este programa”, apontou Ulisses Correia e Silva, que assegurou que o Governo vai aumentar o volume disponível para o microcrédito - crédito a pequenas e médias actividades, e para as empresas.
O Banco Jovem e Mulher vai simplificar o processo de acesso de financiamento juntando todos os serviços financeiros e não financeiros numa única plataforma electrónica, como uma “ferramenta facilitadora” de acesso ao ecossistema de financiamento.
Para aceder à linha de financiamento do banco o montante mínimo é de 150 mil escudos e o máximo de cinco milhões de escudos, com uma taxa de juros não superior a 5,5 % ao ano, num período de carência com prazo máximo de seis meses.
O empreendedor deve possuir uma garantia via livrança subscrita e registo de bens móveis na plataforma, a taxa máxima de financiamento é de 95 %, e o capital próprio não pode ser inferior a 5 %, com prazo de reembolso até 60 meses, contando com os seis meses do período de carência.