De acordo com o INE, 56,8% dos turistas visitaram o país na época alta, enquanto 43,2% chegaram na época baixa. O Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor, responsável por 36,3% do total de turistas, registando um aumento de 14,9% face a 2023 e de 32,2% comparativamente a 2022. Em relação a 2019, ano pré-pandémico, o crescimento foi de 25,8%.
A Alemanha ocupou o segundo lugar, com 11,5%, seguida do mercado Bélgica+Holanda, com 10,1%, invertendo posições em relação a 2023. Portugal manteve-se em quarto lugar, com 9,8% dos turistas.
A ilha do Sal continua a concentrar o maior fluxo turístico, representando 59,0% das dormidas, seguida da Boa Vista (36,6%) e de Santiago (2,4%). Em termos de acessos, o Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, no Sal, voltou a ser o mais procurado, seguido do Aeroporto Internacional Aristides Pereira, na Boa Vista, tanto na época alta como na baixa.
Em 2024, o gasto médio diário dos turistas cifrou-se em 9.014 escudos cabo-verdianos, com as mulheres a apresentarem despesas médias superiores, cerca de 10.966 ECV por dia, contrariando a tendência observada em 2023. Por país de residência, os turistas provenientes de Portugal registaram o maior gasto médio diário, de 42.829 ECV, seguidos de Espanha, com 23.937 ECV, enquanto os residentes na Suécia apresentaram o valor mais baixo, de 1.282 ECV.
As mulheres representaram 58,1% da procura turística e a idade média dos visitantes aumentou para 45 anos, mais um ano do que em 2023. O grupo etário mais representativo foi o dos 25 aos 34 anos, com 22,4%, enquanto os jovens entre 15 e 24 anos corresponderam a apenas 7,0%. A maioria dos turistas tinha ocupação profissional (74,6%), seguindo-se os reformados (13,6%).
A grande maioria dos visitantes não era cidadã nem tinha ascendência cabo-verdiana, representando 94,9%. Quanto ao rendimento anual do agregado familiar, 23,8% dos turistas auferiam entre 48.001 e 60.000 euros. Em termos de satisfação, 92,2% recomendaram Cabo Verde como destino turístico e 82,2% manifestaram intenção de regressar.
À semelhança dos anos anteriores, as férias continuaram a ser o principal motivo de viagem (95,2%). Em contraste com 2023, as viagens para conferências, feiras e seminários surgiram em segundo lugar, com 1,6%.
Ainda segundo o INE, 87,1% dos turistas viajaram em pacote turístico, dos quais 74,3% optaram pelo regime tudo incluído. A estadia média foi de 8,7 dias, ligeiramente superior para os homens (8,8 dias) face às mulheres (8,7 dias). Os turistas dos Estados Unidos destacaram-se com a estadia média mais longa, de 18,1 dias, seguidos dos provenientes da Alemanha e da França, ambos com 10,1 dias.
No que respeita às despesas, os turistas gastaram sobretudo em alimentação e bebidas (21,9%), alojamento (15,8%) e artesanato (15,6%). Para quem não viajou em pacote turístico, o alojamento teve maior peso, enquanto nos pacotes turísticos se destacou o gasto em alimentação, bebidas e artesanato.
Por fim, o INE sublinha que o Reino Unido concentra os seus turistas essencialmente nas ilhas do Sal e da Boa Vista, enquanto Portugal apresenta uma distribuição mais equilibrada entre as ilhas. As viagens organizadas por operadores turísticos e agências de viagens concentraram-se quase totalmente no Sal e na Boa Vista, ao passo que as viagens organizadas por conta própria tiveram maior expressão em Santiago, com 9,3% das visitas organizadas desta forma.
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