Uma data partilhada em torno de um princípio fundamental, o da dignidade humana, que serve de ponto de partida para uma conversa com Simão Monteiro, onde se abordam os desafios vencidos na aplicação da CRCV (nomeadamente a sua aceitação e apropriação na política), as relações e equilíbrios entre os diferentes poderes e entre estes e os cidadãos. Nesta entrevista, o jurista esclarece também o que dita a CRCV, sobre diferentes temas, e apresenta algumas sugestões de aspectos a ter em conta numa futura revisão. Seja como for, mesmo não havendo leis perfeitas, esta CRCV é “boa” e tem cumprido o seu desígnio, avalia.
Destaque igualmente para a tensão entre o Conselho de Administração da TACV e o Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil. Desta vez, em causa, está a alegada falta de qualidade das refeições servidas a bordo aos pilotos. Administração nega a acusação e diz que as normas são cumpridas.
Na capa desta semana abordamos igualmente o 40º aniversário da escola de formação marítima, em São Vicente. Pioneiros e actuais responsáveis lembram percurso de sucesso e desafios que persistem. País é referência na formação de oficiais de marinha mercante.
Na Cultura damos destaque à entrevista com Leão Lopes, fundador do Atelier Mar.
Criado em 1979, em São Vicente, o Atelier Mar é uma escola, não como as outras, mas onde se experimenta e se ensina, onde se estimula a auto-realização e se apoia o desenvolvimento comunitário. Desenvolve formação em serigrafia, pequena carpintaria, vídeo e diaporama, design gráfico e de equipamentos, design de habitação e fabricação de materiais de construção com tecnologias adaptadas, bem como tecnologias alternativas para a actividade agrícola. Destacam-se os programas de cerâmica, madeira e pedra. Ao mesmo tempo, procura contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades e grupos com quem trabalha, valorizando o artesanato, o design e a cultura como pilar de desenvolvimento. Por trás do Atelier Mar há um nome, Leão Lopes, que guiou o Expresso das Ilhas por estas quatro décadas e meia.
Destaque ainda para o obituário de Eugénio Inocêncio.
Foi com profundo pesar que se recebeu a notícia do falecimento de Eugénio Inocêncio, Dududa, uma figura marcante na esfera pública e cultural de Cabo Verde. Inocêncio, que faleceu aos 74 anos no dia 18 de Setembro em Lisboa, teve uma carreira multifacetada como político, economista, empresário e escritor, deixando um legado de serviço e contribuição à Nação.
A ler, igualmente, o artigo de opinião ‘Amílcar Cabral e o Cabralismo: uma perspectiva crítica’, da autoria de José Fortes Lopes.