No próximo dia 1 de Dezembro, os cabo-verdianos vão escolher quem querem ver como líderes dos seus municípios. Embora já se sinta o ambiente eleitoral por todo o país, a campanha oficial só começa amanhã. Nesta primeira edição do jornal de Campanha trazemos os números destas autárquicas, as reclamações na Justiça e as candidaturas rejeitadas, que ficaram fora da corrida. Em destaque, as candidaturas independentes que, movidas pela força da cidadania, desafiam os partidos.
Também em destaque está a entrevista com Jorge Maurício, presidente da Câmara de Comércio de Barlavento.
A inclusão social é uma das prioridades do Orçamento de Estado para o próximo ano que merece o aplauso dos empresários do Norte que, na generalidade, consideram positivo o OE2025. Os destaques, os impactos, os benefícios e também o que fica a faltar, na análise do presidente da Câmara de Comércio do Barlavento.
Na capa desta semana abordamos o tema do transporte de crianças de casa para a escola e no percurso inverso.
Na cidade da Praia, muitos pais enfrentam o dilema da segurança dos filhos no trajecto escolar, agravado pela superlotação dos autocarros nas horas de ponta, o que frequentemente faz com que muitos alunos cheguem atrasados às aulas. Para evitar esses atrasos, muitos pais acabam por optar por táxis, apesar dos custos mais elevados. Com horários de trabalho que impossibilitam o acompanhamento dos filhos, as crianças são obrigadas a deslocar-se sozinhas, seja de autocarro, táxi, “hiace”, táxi clandestino, ou mesmo a pé. A exposição a riscos quotidianos e a falta de supervisão têm preocupado famílias e levantado questões sobre a segurança e bem-estar dos mais jovens nos seus trajectos diários, sobretudo depois do caso da criança de seis anos dada como desaparecida após ser colocada num táxi clandestino.
Carlos Lopes, professor universitário e antigo secretário-geral adjunto da ONU, esteve em Cabo Verde e em declarações aos jornalistas abordou as mudanças na realidade internacional desde a instabilidade em Moçambique às eleições nos EUA.
Na economia damos destaque ao anúncio feito pelo BCV da subida das taxas de juro.
Apesar da inflação estar a diminuir, o Banco de Cabo Verde aumentou as principais taxas de juro – a taxa diretora para 1,75%, as taxas de facilidade permanente de cedência de liquidez para 2,00% e de facilidade permanente de absorção de liquidez para 1,20% e a taxa de redesconto para 2,75%, com efeitos a partir de 18 de Novembro. O Expresso das Ilhas falou com alguns economistas para lhes perguntar se esta subida se justifica e quais serão as consequências.
A ler, igualmente, os artigos de opinião ‘Uma Visão para o Mundo – Um Sonho chamado Oceano’ por Paulo Veiga; ‘Crónica da Cegonha’ por Brito-Semedo; e ‘Entre a Lei e o Abuso: O Limite da Detenção para Identificação em Cabo Verde’ por Seidy de Pina.