Pela primeira vez na história, Cabo Verde garantiu a qualificação para o Campeonato do Mundo de Futebol, um feito que o seleccionador nacional, Pedro Brito ‘Bubista’, descreve como “difícil de descrever, uma mistura de orgulho e gratidão”. O apuramento, resultado de “muito trabalho, sacrifício e fé”, representa, segundo o técnico, o culminar de um projecto construído ao longo de vários anos, assente na união, na humildade e na confiança dentro do grupo. Agora, o desafio é outro: transformar esta conquista num ponto de viragem para o futebol nacional, com mais investimento em infra-estruturas, formação e igualdade de oportunidades para os jovens atletas. “Temos talento, mas isso não chega. Precisamos de melhores condições, mais campos e selecções de base a competir regularmente, para que os nossos jovens possam sonhar em chegar à selecção A”, sublinha.
É um problema que se arrasta no tempo, sem que melhorias efectivas se tenham ainda verificado. O serviço de inspecção judicial continua a ser um desafio, limitado por um impasse estrutural que talvez nem a recente Lei de Inspecção, com critérios mais objectivos de avaliação dos magistrados, poderá ser capaz de ultrapassar. O Expresso das Ilhas ouviu o presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial, Bernardino Delgado, e o bastonário da Ordem dos Advogados de Cabo Verde, Júlio Martins Júnior. Enquanto o primeiro defende que o serviço tem cumprido a sua missão, apesar das limitações, e que o reforço e reforma em curso trará melhorias substanciais, o segundo considera que só uma revisão constitucional permitirá criar um sistema de inspecção verdadeiramente eficaz. O debate aponta para os limites do actual modelo constitucional e para soluções que garantam uma justiça mais eficiente, transparente e responsável.
Novo parque solar colocará Santiago com capacidade renovável acima do pico de consumo pela primeira vez
Pela primeira vez, a ilha de Santiago terá uma capacidade de produção de energia renovável superior ao seu pico de consumo, estimado em cerca de 40 megawatts (MW). O anúncio foi feito pelo ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, durante a cerimónia de assinatura do contrato repowering da Central Fotovoltaica do Palmarejo, na terça-feira, 28.
Na Cultura há, esta semana, dois destaques na capa.
O primeiro vai para o mais uma edição do Mindelact.
Mindelact volta a resistir, agora à tempestade. “Aurora” arranca segunda-feira.
Destaque ainda para o lançamento do livro da jornalista portuguesa Sandra Inês Cruz
Des No próximo sábado, 1 de Novembro, será apresentado em Lisboa o livro Tarrafal, 1975 – O Campo do Silêncio, da jornalista Sandra Inês Cruz, uma obra que devolve voz aos últimos presos políticos de Cabo Verde, silenciados entre o 25 de Abril português e a independência das ilhas. A partir dessa evocação, renova-se o debate sobre o sentido da liberdade, a manipulação da memória e o dever de transformar o antigo Campo de Trabalho de Chão Bom num verdadeiro lugar de resistência e de consciência histórica.
A ler igualmente os artigos de opinião ‘Maioria de Bloqueio à Maioria de Desbloqueio – A Urgência da Cláusula Decrescente’ de Olavo Freire; e ‘Quo Vadis São Vicente: 15 anos após o Manifesto por um São Vicente Melhor’ escrito por José Fortes Lopes.
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