Além da Huawei, a medida abrange outra empresa de telecomunicações, a ZTE, os fabricantes de câmaras de vigilância Hikvision e Dahua, e o grupo Hytera, que produz rádios bidirecionais.
Na quarta-feira, a Huawei afirmou que a medida "não é inesperada", mas classificou-a de "barreira comercial baseada num país de origem, que adopta uma acção punitiva sem qualquer evidência de erro".
A medida reflecte a crescente preocupação em Washington sobre a penetração de tecnologia chinesa no país, perante o potencial para servir os serviços de espionagem de Pequim.
Washington tem pressionado vários países, incluindo Portugal, a excluírem a Huawei na construção de infraestruturas para redes móveis de quinta geração (5G), acusando a empresa de estar sujeita a cooperar com a espionagem chinesa.
Em maio passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, emitiu uma ordem executiva para obrigar as empresas do país que obtenham uma licença para vender tecnologia crítica à Huawei, num golpe que se pode revelar fatal para o grupo.
Após ter acordado com o homólogo chinês, Xi Jinping, um período de tréguas na guerra comercial que desencadeou no verão passado, Trump disse ter aceitado aliviar algumas restrições à Huawei. Mas as tréguas foram curtas.
Após o secretário do Tesouro e o representante para o Comércio norte-americanos, Steven Mnuchin e Robert Lighthizer, regressarem das negociações com a delegação chinesa, liderada pelo vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, Trump anunciou novas taxas alfandegárias sobre bens importados da China, pondo efectivamente fim à trégua.
Entretanto, Pequim ordenou às empresas chinesas que suspendam a compra de produtos agrícolas norte-americanos.
A regra que proíbe a Huawei de assinar contratos com o Governo norte-americano entra em vigor em 13 de agosto.