Relegando a falta de material para um plano secundário, afinal devemos ou não usar máscara para nos protegermos e protegermos os outros?
O facto de os países tomarem diferentes posições face ao uso de máscara, proporciona uma onda de confusão, difícil de quebrar.
Por considerar que podia significar um aumento do risco de contágio, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para que apenas os doentes, os suspeitos de infecção e os prestadores de cuidados a infectados usassem máscara. Contudo, as imagens que nos chegam, vindas da Ásia, por exemplo, culminaram num esgotar do stock de máscaras, em muitos estabelecimentos comerciais.
Tendo em conta a forte procura, o Director Nacional de Saúde, Artur Correia, alertou, em várias ocasiões, que o uso de máscaras pela população em geral, para protecção ao novo coronavírus, devia ser cauteloso e controlado. Além disso, e uma vez que havia escassez de material, devia ir ao encontro do risco de cada um, sendo dada prioridade aos infectados ou imunodeprimidos.
Por sua vez e apesar da recomendação da OMS – utilizar máscara em casos específicos, como tosse, febre e dificuldade em respirar -, o Ministro da Saúde da República Checa, Adam Vojtech, recomendou a todos os governos a implementação do uso de máscara em espaços públicos, alargado a toda a população. A Eslováquia e a Áustria seguiram as pisadas checas e também tornaram o uso de máscara obrigatório.
Os especialistas garantem que “não há forma de dar uma resposta clara a esta questão”, devido à falta de conhecimento que existe sobre o vírus. Contudo, no caso português, a ministra da Saúde reforçou no passado sábado, dia 4 de Abril, que a utilização do equipamento de protecção individual está apenas recomendada, como referido acima, a pessoas com sintomas de infecção respiratória, febre ou tosse, a todos os profissionais, que trabalhem em instituições de saúde, e a doentes imunossuprimidos e imunodeprimidos.
Para além das instituições de saúde, nos estabelecimentos de venda de bens de primeira necessidade, os profissionais que estão no atendimento ao público devem usar máscara, quando não têm separadores físicos.
A OMS continua a desaconselhar o uso de máscaras por toda a população.