#ELASnaTech: Ser ou não ser uma IT Woman? O privilégio é fazer acontecer!

PorJanet da Luz,28 set 2025 7:51

Janet da Luz – Engenheira Informática
Janet da Luz – Engenheira Informática

O sonho começou por volta dos 14 anos, numa simples visita a uma aula de MS DOS – Autocad frequentada na altura pelo meu pai. “Entre e fique à espera!”, disse o professor. Mexi num computador, os meus olhos brilharam, a decisão foi tomada, escrita no meu diário e desde então, uma realidade e certeza para a vida.

Escrever a sigla SI/TI (sendo o S de sistemas, o T de tecnologias e o I de informação) é quase como abrir a caixa de pandora, para descobrirmos tudo o que o nosso mundo tecnológico trouxe à tona. E que todos os dias vemos surgir algo de novo.

Inteligência Artificial! Transformação Digital! Robótica! Engenharia Espacial! Parece que não tem fim. E é isto, o mundo caminha para algo nunca visto.

Mas, não tem sido assim pautada a evolução do ser humano? Conquistas, erros, aprendizagem, tentativas e soluções para algo melhor?

Quando olhamos para a tecnologia como algo atual, efetivamente faço parte desta evolução. O meu contributo como Engenheira Informática e como Mulher, sempre foi no sentido de agregar valor: nunca foi pelo medo de entrar num mundo dito “masculino”, muito menos por algum receio em não ser capaz, não acompanhar o ritmo ou mesmo não ter skills suficientes para a liderança. Neste quesito, existem componentes na alma feminina, que com certeza são um plus para não desistirmos nem regredirmos na nossa caminhada: somos por essência metódicas, resilientes, analistas e firmes nas nossas decisões. E quando acrescentamos a mais-valia Mulher Cabo-verdiana...imparáveis!

Então, de onde surgiu este pré-conceito de que não pertencemos a algo? Somente utopia? Ou se calhar precisamos rever os conceitos de educação que transmitimos e proporcionamos às nossas crianças?

É preciso disponibilizar meios para todos explorarem (independentemente do género), abrir o leque de opções e atividades escolares sobre a tecnologia, incentivar e apoiar boas ideias.

A maior e melhor resposta como Mulher é mostrarmos no dia a dia, o quão eficientes somos e que a tecnologia ganha com o nosso contributo.

Neste momento, a minha agregação de valor passa por auditar os SI/TI numa instituição do sistema financeiro cabo-verdiano.

Auditar é garantir a segurança dos SI/TI, dos meios de comunicação digitais, da proteção dos dados, da infraestrutura, da execução de operações confiáveis. É algo tão vasto e tão necessário após a determinação da utilização de quaisquer sistemas, software, hardware, aplicações, etc., que se tornou essencial em todos os sectores de atuação.

É crescente a quantidade de padrões internacionais sobre os diversos temas de SI/TI. A título de exemplo, a Inteligência Artificial já é auditada. Sabiam?

E a legislação cabo-verdiana? Ainda com pouca ou quase inexistente matéria de regulamentação sobre uma temática que impacta o nosso dia a dia.

Portanto, toca a fazer acontecer!

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Janet da Luz – Engenheira Informática, Pós-graduada em Tecnologia e Inovação, Pós-graduada em Segurança Informática e Mestre em Sistemas de Informação Organizacionais

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1243 de 24 de Setembro de 2025.

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Autoria:Janet da Luz,28 set 2025 7:51

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  1 out 2025 17:19

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