De acordo com uma carta de Khamenei ao líder político do movimento palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, publicada nas últimas horas na internet, a única solução é "reforçar a resistência dentro do mundo muçulmano, a intensificação da luta contra o regime sionista usurpador e dos seus aliados".
"As nações (muçulmanas e árabes) devem considerar seriamente isso como o seu dever: repelir o inimigo até o ponto de aniquilação, por meio de acção estratégica e forte", enfatizou.
Neste sentido, o líder iraniano insistiu que "a resistência é a única maneira de libertar a Palestina oprimida" e reiterou o apoio do Irão à causa como "um dever religioso".
Assim, repudiou qualquer negociação com Israel, referindo-se à suposta reaproximação entre Riade e Telavive, impulsionada pela estreita relação entre a Arábia Saudita e os Estados Unidos.
"Avançar para negociações com o regime de usurpadores e mentirosos é um erro irreversível que atrasaria a vitória da nação palestina", afirmou o líder iraniano.
Esta é uma "conspiração e hipocrisia de alguns países árabes que seguem o Grande Satã (Estados Unidos)", referindo-se às citadas negociações, também foi denunciada por Haniyeh numa carta anterior, de acordo com a nota oficial iraniana.
As autoridades iranianas redobraram as suas críticas a Israel desde a passada sexta-feira, quando os confrontos entre manifestantes e soldados israelitas na fronteira de Gaza resultaram na morte de 18 palestinianos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, anunciou na quarta-feira que o Irão levará perante as Nações Unidas e ao Movimento dos Países Não-Alinhados (MNA) os "recentes crimes" cometidos por Israel na fronteira com Gaza.