OShin Bet indicou que Gonen Segev foi extraditado da Guiné Equatorial e detido quando chegou a Israel no mês passado por ser suspeito dos crimes de "ajudar o inimigo na guerra e espiar contra o Estado de Israel".
Adiantou que Segev, antigo ministro da Energia, actuou como agente dos serviços secretos iranianos e passou informações "relacionadas com o mercado de energia e com locais ligados à segurança, incluindo de edifícios e de responsáveis políticos ou de organizações de segurança".
Ministro no governo de Yitzhak Rabin em meados dos anos 1990, Segev foi detido em 2004 por tentar trazer 32.000 comprimidos de Ecstasy da Holanda para Israel utilizando um passaporte diplomático caducado.
Segev, um médico a quem a licença foi revogada, foi libertado da prisão em 2007 e esteve a viver em África nos últimos anos. Na semana passada foi apresentada acusação contra ele.
Segundo o Shin Bet, Segev encontrou-se com os seus contratantes duas vezes no Irão e reuniu-se com agentes iranianos em hotéis e apartamentos em todo o mundo. Recebeu um "sistema de comunicações secreto para encriptar mensagens" que trocava com os contratantes.
O comunicado indica ainda que Segev manteve contactos com civis israelitas que tinham ligações à segurança do país e às relações externas, tendo procurado juntá-los com agentes iranianos que se apresentavam como empresários.
Israel considera o Irão a sua principal ameaça, evocando apelos à destruição do Estado hebreu e o apoio de Teerão a grupos hostis como o movimento xiita libanês Hezbollah.