O primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, afirmou, à saída da cimeira, que o encontro foi "um sinal de que há uma vontade de ir mais na direcção de mudanças operacionais" na política migratória europeia e que se desenrolou "melhor do que o esperado".
"Espero que tenha sido alcançado o objectivo de nos entendermos melhor uns aos outros na próxima semana", disse Muscat à imprensa, comentando que "há pessoas no mar agora mesmo".
O governante maltês advertiu ainda que "a situação escalará se não forem tomadas decisões nos próximos dias".
Na mesma linha pronunciou-se o primeiro-ministro belga, Charles Michel, que disse que se os países continuarem a trabalhar em "medidas realmente operacionais" será possível alcançar "progressos" no Conselho Europeu de quinta e sexta-feira.
Michel apelou à reflexão sobre a protecção das fronteiras exteriores da União Europeia para conseguir uma "solidariedade" europeia "efectiva" em matéria migratória e à procura de acordos com países extra-comunitários.
A reunião, convocada pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reuniu os líderes de Grécia, Itália, Espanha, França, Alemanha, Malta, Bulgária (que ocupa a presidência semestral da União Europeia), Áustria (assume presidência do Conselho entre julho e dezembro), Bélgica, Holanda, Croácia, Eslovénia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e Luxemburgo.
Ausentes estiveram os países do Grupo de Visegrado - Hungria, Eslováquia, Polónia e República Checa.
O tema das migrações domina a agenda do Conselho Europeu a 28 e 29 deste mês e divide os Estados-membros, nomeadamente no que respeita às regras para acolhimento de refugiados e concessão de asilo.