"Queremos ter a certeza de que os britânicos têm uma palavra a dizer sobre as opções que se nos apresentam", disse a deputada conservadora Justine Greening, citada pela agência France-Presse (AFP).
O partido conservador da primeira-ministra britânica exclui a opção de um segundo referendo e Theresa May tem defendido arduamente o acordo de divórcio negociado durante meses com a União Europeia.
O acordo, que deverá ser votado no parlamento a 11 de Dezembro, é rejeitado tanto por adeptos do 'Brexit', que consideram manter uma excessiva ligação entre Londres e Bruxelas, como pelos que se opõem à saída e preferiam ficar na União Europeia.
A campanha por um segundo referendo tem vindo a juntar partidários da esquerda e da direita.
Hoje, o líder dos Liberais Democratas, Vince Cable, a co-dirigente dos Verdes Caroline Lucas, o deputado trabalhista Chuka Umunna e Justine Greening entregaram juntos a petição.
"Quer tenham votado 'ficar' ou 'sair' (da União Europeia no referendo de junto de 2016 sobre o 'Brexit'), ninguém votou nesta bagunça", escreveu Chuka Umunna numa mensagem na rede social Twitter.
Ao entregar a petição em Downing Street, o deputado trabalhista manifestou-se "mais positivo e confiante do que nunca".
Cerca de cem manifestantes anti-'Brexit' reuniram-se hoje perto de Downing Street.
"Estou aqui pelos meus netos", disse à AFP Glenys Rampley, 74 anos, que se manifesta todos os sábados porque considera "injusto que os jovens do país sejam privados das oportunidades que oferece a União Europeia".
À mesma hora, perto do Parlamento, eurocéticos do grupo 'Leave' ('sair' em inglês), manifestavam-se a pouca distância de militantes anti-'Brexit', que agitavam bandeiras europeias.
Os deputados "devem ouvir as vozes dos 17,5 milhões que votaram pela saída da UE", disse à AFP Harry Todd, do grupo 'Leave means Leave' ('Sair significa sair').
"Estão a tentar vender-nos um 'Brexit' que não é um 'Brexit'", lamentou, apelando a uma ruptura mais forte com a UE.