Entretanto, fontes de Bruxelas adiantaram à agência France Presse que o plano "vai ser apresentado hoje aos Estados-membros", mas tem de ser aprovado de forma unânime pelos 27 países do bloco europeu.
A "solução" permitirá ao Reino Unido sair da União Europeia (UE) antes do final do período de adiamento (12 meses) se o Parlamento de Londres conseguir ratificar um acordo sobre a saída.
Neste momento, o Reino Unido está submetido a um prazo que termina no próximo dia 12 de Abril para apresentar novas propostas para o 'Brexit' ou sair sem acordo.
O pacto negociado entre Londres e Bruxelas foi rejeitado três vezes pelo Parlamento britânico.
Mesmo assim, a primeira-ministra Theresa May já disse que espera pedir aos líderes da UE na próxima quarta-feira, um novo adiamento que "espera ser curto", enquanto negoceia com o Partido Trabalhista um plano alternativo capaz de superar o impasse parlamentar.
As conversações "técnicas" entre representantes do governo e o Partido Trabalhista vão continuar hoje, em Londres.
De acordo com a BBC, um alto funcionário comunitário, disse que Donald Tusk encontrou "uma resposta" na sequência das reuniões preparatórias da cimeira que se vai realizar para a semana.
Segundo a mesma fonte, Tusk considera que a proposta "serve à União Europeia e ao Reino Unido" evitando que Bruxelas tenha de avaliar os diversos pedidos de adiamento do 'Brexit' por parte de Londres.
No entanto, caso o plano de Tusk venha a ser implementado, o Reino Unido pode ser obrigado a participar nas eleições europeias de maio, ao contrário do que defende Theresa May.
O Reino Unido, que em Junho de 2016 votou em referendo pela saída da União Europeia, tinha previsto sair do bloco europeu no passado dia 29 de Março, mas foi obrigado a pedir um adiamento devido aos obstáculos em relação ao acordo negociado com a UE e a falta de consenso parlamentar sobre possíveis opções alternativas.