Numa carta aberta, 60 deputados, economistas e responsáveis de empresas acusam a UE de ser "intransigente" nas negociações para a saída do Reino Unido do bloco, defendendo que os britânicos deviam ameaçar reter os 39 mil milhões de libras (44,3 mil milhões de euros) que já concordaram pagar pelo "divórcio".
A carta, divulgada hoje por Economists for Free Trade (Economistas pelo Comércio Livre), foi assinada por destacados apoiantes de um 'brexit' duro, incluindo o ex-ministro das Finanças Nigel Lawson e os deputados conservadores John Redwood e Peter Bone.
Os signatários pedem às autoridades para "acelerarem os preparativos para um caso de não haver acordo e uma mudança para um acordo de comércio sob as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio)".
Isso representará tarifas e outras barreiras comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia e muitos empresários dizem que prejudicará a economia britânica.
A Airbus, a Siemens e a BMW advertiram recentemente que a saída da União sem um acordo de comércio prejudicará as empresas e custará postos de trabalho.
No Sábado, dezenas de milhares de manifestantes anti-'brexit' pediram em Londres um segundo referendo sobre a saída da União Europeia, dois anos depois da primeira consulta na qual os britânicos aprovaram o abandono do bloco comunitário.
"O 'brexit não é inevitável. O 'brexit' pode ser parado", disse à multidão o líder do Partido Liberal Democrata (a terceira formação do país), Vince Cable.