De acordo com a agência de notícias oficial iraniana IRNA, a reunião ministerial foi solicitada pelo governo do Irão estando previstas as presenças de representantes de Teerão, Berlim, Paris, Londres, Moscovo e Pequim.
Durante o encontro prevê-se que sejam abordadas medidas e soluções no sentido da preservação do pacto, principalmente a questão relacionada com "os incentivos" da União Europeia.
Após a saída dos Estados Unidos e da decisão de Washington que aponta para implementação de sanções contra Teerão, as autoridades iranianas frisaram que o país apenas se mantém no pacto se forem garantidos os interesses económicos do país.
O acordo de 2015 limita o programa atómico de Teerão em troca do levantamento de sanções internacionais, mas as novas medidas norte-americanas acabam por ter impactos a nível mundial.
Várias empresas europeias, entre as quais as multinacionais Total e Peugeot, já anunciaram que se as posições norte-americanas se mantiverem as relações comerciais com o Irão podem terminar, apesar de a Comissão Europeia ter activado o "estatuto de bloqueio" para proteger a actividade das empresas.
O director de Planificação Política do Departamento de Estado norte-americano, Brian Hook, disse na segunda-feira que Washington não está a considerar a possibilidade de avançar com situações de excepção porque quer manter a pressão sobre o Irão.
Hook acrescentou que os Estados Unidos pretendem reduzir "ao nível zero" os lucros que o Irão obtém da venda de petróleo e que, nesse sentido, activou uma campanha dirigida aos países que compram o crude persa.
A comissão conjunta sobre o acordo nuclear reuniu-se no passado dia 25 de maio em Viena, ao nível de representantes dos ministros dos Negócios Estrangeiros e depois promoveu, no dia 07 de Junho, um encontro de especialistas.
Face ao fracasso do acordo, as autoridades iranianas alertaram que o programa atómico vai ser retomado, incluindo o programa de urânio enriquecido.