Depois da sua retirada unilateral do acordo nuclear de 2015 entre Teerão e as grandes potências, os Estados Unidos restabeleceram uma série de sanções em agosto contra o Irão e emitiram um alerta para países que persistirem em negociar com os iranianos.
O Governo norte-americano deu às empresas um prazo de 90 a 180 dias para se retirarem do Irão. Por temor às penalidades dos Estados Unidos, um grande número de grupos, incluindo a montadora alemã Daimler, já anunciou a sua retirada do Irão.
Segundo Zarif, os Governos europeus sugeriram medidas para manter os laços com o Irão nos sectores petrolífero e financeiro após a segunda série de sanções previstas para Novembro.
Entretanto, trata-se mais de uma "declaração de intenções do que medidas práticas", disse o ministro iraniano ao portal Iranian Young Journalist Club.
"Achamos que a Europa ainda não está pronta para pagar o preço", desafiando as sanções dos Estados Unidos, acrescentou Zarif.
As sanções em vigor dizem respeito, em particular, aos sectores automobilístico e à aeronáutica civil, bem como às importações de matérias-primas.
Os países europeus, parte interessada no acordo de 2015 para impedir que o Irão adquirisse armas atómicas, imediatamente disseram estar determinados a salvar o pacto.
"Os europeus dizem que [o acordo nuclear] é um sucesso para a sua segurança. Logicamente, cada país tem de investir e pagar o preço pela sua segurança. Nós devemos vê-los pagar o preço nos próximos meses", acrescentou.