"Nós vamos realizar as eleições a 18 de Novembro. Mais do que nunca estamos numa posição de segurança crescente em relação ao processo eleitoral, particularmente, com a obtenção da possibilidade de termos o dispositivo de recenseamento para iniciarmos o recenseamento a 23 de agosto", afirmou Aristides Gomes, em Bissau.
O primeiro-ministro explicou que o recenseamento pode iniciar-se no dia 23 devido à cooperação com a Nigéria e a uma cooperação suplementar de Timor-Leste.
"Vamos poder começar o nosso recenseamento a 23 [de agosto], cumprindo a lei do recenseamento através de um procedimento que consistirá em recensear as pessoas e entregar imediatamente os cartões de eleitores", salientou.
Aristides Gomes disse também ter consciência das dificuldades, sobretudo, devido ao "período das chuvas", mas garantiu que o Governo vai fazer tudo para que o recenseamento decorra em 30 dias.
"Estamos em condições de iniciar o recenseamento a 23 de agosto. É uma situação que será irreversível. Nós vamos realizar estas eleições", disse.
O recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau vai decorrer entre dia 23 deste mês e 23 de Setembro. As eleições legislativas estão marcadas para 18 de Novembro.
Aristides Gomes foi nomeado primeiro-ministro da Guiné-Bissau em Abril, tendo formado um Governo em que estão representados partidos políticos com assento parlamentar, conforme previsto no Acordo de Conacri.
A nomeação de Aristides Gomes pôs fim ao impasse político que a Guiné-Bissau vivia há cerca de três anos. O principal objectivo do novo Governo guineense é a organização de eleições legislativas.
O ato eleitoral está orçado em cerca de 7,8 milhões de dólares e, na cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Cabo Verde em Julho passado, o Presidente guineense, José Mário Vaz, pediu um apoio de cerca de três milhões de euros.
“Congratularam as autoridades da Guiné-Bissau pelo anúncio da realização de eleições legislativas, previstas para o dia 18 de Novembro de 2018, e apelam à Comunidade de parceiros no sentido da concretização atempada das contribuições já anunciadas, indispensáveis à realização das eleições”, lê-se na Declaração de Santa Maria, aprovada pelos chefes de Estado e de Governo lusófonos na cimeira.